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Americanas (AMER3) entra com pedido de Recuperação Judicial

Segundo Fato Relevante, o montante das dívidas da varejista chega a R$ 43 bilhões

Americanas (AMER3) entra com pedido de Recuperação Judicial
Fachada das Lojas Americanas. Crédito: Felipe Rau/Estadão

As Americanas (AMER3) entraram com pedido de Recuperação Judicial na Quarta Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A empresa diz que continuará operando normalmente, apesar de a posição de caixa “ter sido reduzida sobremaneira”. Veja os detalhes nesta reportagem do Estadão.

Segundo Fato Relevante, o total dos créditos listados nos documentos protocolados com o pedido de recuperação judicial é de aproximadamente R$ 43 bilhões. Ou seja: este é o valor que a empresa precisaria para quitar suas dividas.

A companhia disse em nota que “o grupo de acionistas de referência da empresa informou ao Presidente do Conselho de Administração que pretende manter a liquidez da companhia em patamares que permitam o bom funcionamento da operação de todas as lojas, do seu canal digital, Americanas.com, da AME e suas coligadas”.

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“Dado o pedido de Recuperação Judicial da empresa, a Administração da Americanas vem a público
informar que seguirá operando normalmente dentro das novas regras da recuperação judicial, cujo um dos objetivos principais é a própria manutenção de empregos, pagamento de impostos e a boa relação com seus fornecedores e credores e investidores de forma geral”, complementa a companhia em nota.

Segundo o Broadcast, a Americanas também pediu em nota o engajamento dos colaboradores e fornecedores. “A história das Americanas segue com determinação rumo a uma nova fase, com o compromisso com a sociedade e disposta a construir soluções que possam atender aos credores da empresa”.

Na semana passada, quando a decisão do juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Assed, deu um prazo de 30 dias para que a empresa peça a recuperação judicial, após a Americanas entrar com uma medida de tutela cautelar para evitar bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa na esteira da divulgação de uma “inconsistência contábil” de R$ 20 bilhões, especialistas foram consultados pelo E-Investidor sobre como o mercado reagiria a uma Recuperação Judicial.

“Entendo essa decisão como uma maneira de proteger os bens da companhia. Entretanto, para o mercado é muito ruim, porque não só as dívidas bancárias e debêntures serão adiadas, como a companhia vai entrar em um ritmo muito mais lento”, afirmou Flávio Conde, analista de ações da Levante Ideias de Investimento. Uma das consequências esperadas é o adiamento do pagamento aos fornecedores, que tenderão a não renovar vendas com a varejista. Mario Goulart, analista de investimentos e criador do canal no Youtube ‘O Analisto’, vê a informação como um balde de água fria em quem ainda ansiava por uma retomada no curto prazo. “O que vai acontecer é que a empresa vai continuar operando com volatilidade, sem definição, como a maioria das empresas que entra em recuperação judicial.”

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Já para Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, o que está acontecendo com as Americanas é uma prova de que os investidores, em especial os minoritários, estão longe de ter todas as informações necessárias para tomar uma decisão.

 

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