Publicidade

Mercado

Como a saída da AES do Brasil afetará os acionistas?

Analistas avaliam como ficam as perspectivas para investidores da companhia se operação for confirmada

Como a saída da AES do Brasil afetará os acionistas?
(Foto: Envato Elements)

O grupo americano AES Corporation, controlador da AES Brasil (AESB3), está se preparando para deixar o Brasil, segundo informações divulgadas na última semana na imprensa. Especializada em geração de energia renovável, a companhia chegou ao Brasil em meados de 1996, mas vem se desfazendo de ativos ao longo dos anos. Veja mais detalhes

A leitura do mercado é a de que o Brasil vem deixando de ser o foco dos negócios, e que o movimento não é bem uma surpresa. Caso a saída total seja concluída, qual é o impacto para os investidores da empresa?

Analistas consultados pelo E-Investidor vêm a possível saída da AES do país como positiva. Isso porque a eventual venda do controle da companhia seria feita através de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), sem fechamento de capital.

Isso permitiria aos investidores o recebimento de um “prêmio de controle”, que consiste no pagamento de um valor adicional, geralmente pago para a aquisição de uma empresa.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Há dois anos, as ações estão praticamente lateralizadas na Bolsa, com uma alta de 0,18%, aos R$ 11,39. Já em cinco anos, o prejuízo chega a 30%. Diante de um desempenho morno na bolsa, o prêmio para os investidores é visto como um fator positivo na venda do negócio.

Segundo Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, o prêmio de controle costuma ficar em torno de 30% a 40% sobre o valor dos papéis. Mas ele adverte que sempre há a possibilidade de o ágio a ser pago em uma OPA ficar menor do que as expectativas dos investidores.

“Se em última instância a AES aceitar um preço baixo para vender o controle, o acionista minoritário vai ter a opção de vender as ações dele junto com a AES, pelo direito de tag along”, afirma Piovesan.

O tag along garante que, em caso de troca de controle de companhias, os minoritários com direito a voto vendam suas ações pelo mesmo valor ou, no mínimo, a 80% do preço pelo qual os controladores venderam a posição de controle.

Tuanny Blumer, sócia da Black Financial, também vê a possibilidade de uma venda da AES Brasil com entusiasmo. Entretanto, alerta para as dificuldades no caminho.

Publicidade

“Estamos com uma visão mista em relação à decisão da AES de buscar um comprador para a AES Brasil”, diz Blumer. “Há preocupações com o cenário no Brasil de preços baixos no mercado de eletricidade, o que poderia dificultar operações de fusões e aquisições no setor de geração de energia. A conjuntura econômica e regulatória, particularmente em relação aos preços da eletricidade, pode impactar os planos da AES.”

Para João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, a informação da partida da empresa do Brasil, mais dados operacionais fracos, do ponto de vista fundamentalista, mostram que o investidor não deve ter posição comprada no ativo, esperando fortes movimentações de alta.

Se a notícia de saída do Brasil se confirmar, o analista da Benndorf Research indica que os investidores com ativos na carteira aguardem a OPA, para garantir algum prêmio em cima dos papéis. A Quantzed e a Genial Investimentos também recomendam a manutenção dos papéis na carteira, para quem já está posicionado na empresa.

Web Stories

Ver tudo
<
Truque da toalha: aprenda o segredo para refrescar a casa sem ar-condicionado
Vai para a praia no Ano Novo? Faça isso e você vai economizar muito
IPVA 2025: SP divulga datas de pagamento e descontos; confira
Pagamento de boleto via Pix: quando chega e como funciona a novidade?
3 receitas econômicas que vão salvar seu orçamento no fim do mês
Verão 2025: aqui está o segredo para viajar sem estourar o orçamento
Multa por dedo do meio? Descubra valor na nova punição por gestos obscenos ao volante
Quer gastar menos no açougue? Estas carnes são a solução
>