O Goldman Sachs revisou as suas estimativas de preço para o petróleo após os bombardeios dos Estados Unidos nas instalações nucleares do Irã no fim de seaman. Segundo a instituição financeira, o petróleo Brent pode chegar a US$ 110 se os fluxos da commodity por meio do Estreito de Ormuz, responsável pelo escoamento de 20% do petróleo mundial, forem reduzidos em 50% por um mês e permanecerem 10% abaixo do normal por mais 11 meses.
Ao alcançar esse pico, os preços do Brent sofreriam uma acomodação até serem negociadas a US$ 95 por barril no quarto trimestre deste ano. “Embora ainda assumamos que não haverá interrupções significativas no fornecimento de petróleo e gás natural, os riscos de queda no fornecimento de energia e os riscos de alta nas nossas previsões de preços de energia aumentaram”, informou em relatório divulgado no domingo (22).
O preço do petróleo disparou no fim de semana com a participação dos EUA na guerra entre Israel e o Irã. Na noite de sábado (21), quando o presidente americano, Donald Trump, comemorou nas redes sociais o “ataque bem-sucedido” contra as instalações nucleares do Irã, o barril do petróleo Brent subiu US$ 2, chegando a pouco menos de US$ 80, à medida que o mercado precifica uma probabilidade de interrupções no fornecimento da commodity.
“O mercado Polymarket agora vê 52% de chance de que o Irã feche o Estreito de Ormuz em 2025, contra pouco mais de 30% na sexta-feira”, informou Goldman Sachs. Já em um cenário de uma queda na ordem de 1,75 milhão de barris por dia na produção iraniana por seis meses, o banco acredita que o petróleo Brent poderá subir para um pico de US$ 90 por barril, mas volataria a cair para faixa dos US$ 60 em 2026.