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Bolsa pega carona em rali no exterior. Veja as 5 maiores altas em fevereiro

Ibovespa reverte o resultado negativo de janeiro e fecha o mês em alta; confira quem se deu bem

Bolsa pega carona em rali no exterior. Veja as 5 maiores altas em fevereiro
A ação da PETZ3 foi a mais valorizada na Bolsa em fevereiro. (Imagem de Rmcarvalhobsb em Adobe Stock)
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  • O Ibovespa encerrou fevereiro no campo positivo. Nesta quinta-feira (29), a principal referência da B3 acumulou ganhos de 0,99% no mês, aos 129.020,02 pontos – embora no dia tenha caído 0,87%.
  • O saldo mostra uma recuperação ante janeiro, quando o índice encerrou com perda mensal de 4,79%, aos 127.752 pontos. No acumulado de 2024, o Ibovespa mostra desvalorização de 3,85%.
  • A ponta positiva do Ibovespa foi liderada pelas ações da Petz (PETZ3). Para Piovesan, a alta se ancora em notícias recentes sobre aumento de posição pelo controlador, e não por resultados da empresa, por exemplo.

O Ibovespa encerrou fevereiro no campo positivo. Nesta quinta-feira (29), a principal referência da B3 acumulou ganhos de 0,99% no mês, aos 129.020,02 pontos – embora no dia tenha caído 0,87%. O saldo mostra uma recuperação ante janeiro, quando o índice encerrou com perda mensal de 4,79%, aos 127.752 pontos. No acumulado de 2024, o Ibovespa mostra desvalorização de 3,85%.

Após uma realização dos lucros obtidos com o forte avanço da Bolsa na reta final do ano passado, o que se viu em fevereiro foi um movimento positivo, em consonância com o cenário externo mais otimista. “Fevereiro está sendo um mês positivo para as bolsas globais em geral. Mercados norte-americanos estão rondando regiões de máximas históricas, as praças da Europa também tiveram uma boa performance nas últimas semanas. É um ambiente global em que os investidores adicionaram mais renda variável aos portfólios”, contextualiza Ricardo França, analista da Ágora Investimentos.

No mercado brasileiro, a leitura é de que o cenário macroeconômico não prejudicou os negócios na Bolsa.

Felipe Pontes, sócio da L4 Capital, entende que a estabilidade da inflação no Brasil, contrastando com as preocupações em relação aos Estados Unidos, oferece um panorama de relativa tranquilidade macroeconômica, ao menos momentaneamente. Para ele, no curto prazo, a inflação parece estar controlada, influenciando positivamente a visão dos investidores sobre o mercado brasileiro, embora veja os planos e ideias por parte do governo desalinhados com a meta de inflação controlada no longo prazo.

Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, acrescenta que a curva de juros se mostrou bem menos “estressada” do que a fotografia do final de 2023, o que também gerou um cenário mais tranquilo para os ativos de renda variável. No cenário internacional, ele também destaca o atual momento de dólar “comportado”, além da boa safra para as ações norte-americanas. “Temos um exterior positivo, com o S&P 500 atingindo máxima histórica, subindo mais de 4% em fevereiro”, frisa Piovesan.

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França concorda e chama atenção para os resultados corporativos dentro e fora do Brasil, que apresentaram tendências positivas. “As companhias de tecnologia nos Estados Unidos mostraram resultados muito consistentes, algumas delas até divulgando uma projeção para os resultados que estão por vir ainda muito favoráveis. Isso acabou animando o investidor a se posicionar em algumas dessas companhias”, aponta o analista da Ágora.

O bom momento vivido pelas empresas estadunidenses é refletido nas negociações de BDRs (título emitido no Brasil que representa uma ação de companhia aberta sediada no exterior). O índice, que mede o desempenho médio desses papéis na B3, disparou mais de 11% em 2024, deixando praticamente todos os outros indicadores para trás.

Quais ações mais subiram em fevereiro?

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada pelas ações da Petz (PETZ3). Para Piovesan, a alta se ancora em notícias recentes sobre aumento de posição pelo controlador, e não por resultados da empresa, por exemplo.

“O aumento de participação do CEO e fundador, Sergio Zimerman, indica um voto de confiança na gestão e perspectivas da empresa. Esse endosso interno, antes da divulgação dos resultados, e o volume anormal de operações em alguns dias sugerem uma recuperação positiva após a queda de mais de 80% desde as máximas de 2021”, avalia Pontes.

A Usiminas (USIM5), na segunda posição, recebeu elevação na recomendação para “compra” pelo Goldman Sachs, o que trouxe otimismo para os investidores, baseado na aceleração do alto-forno da companhia, bem como na melhoria de custos, cita o sócio da L4.

Alpargatas (ALPA4) também figura entre as maiores altas, sustentada pela divulgação de resultado acima do esperado pelo mercado. “É uma empresa que tem um histórico muito positivo de retorno na Bolsa. Os investidores estão antecipando essa recuperação de resultados”, diz Piovesan.

Veja as 5 maiores altas do Ibovespa em fevereiro:

  1. Petz (PETZ3): 27,13%, R$ 4,17
  2. Usiminas (USIM5): 19,70%, R$ 11
  3. Alpargatas (ALPA4): 18,53%, R$ 10,17
  4. Braskem (BRKM5): 18,14%, R$ 21,04
  5. Carrefour (CRFB3): 16,14%, R$ 12,09

Como fica a fotografia setorial?

O sócio da L4 Capital observa que setor de comunicações teve o melhor desempenho, puxado pelas ações de Vivo (VIVT3) e Tim (TIMS3). Na sequência, aparecem consumo cíclico, liderado por Petz, Alpargatas e Grupo Vamos (VAMO3), respectivamente, e óleo e gás, puxado por Vibra (VBBR3), Ultrapar (UGPA3) e Petrobras (PETR3, PETR4).

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Na ponta oposta, o setor com a pior performance foi o de saúde. Das cinco empresas que estão no Ibovespa, apenas Hypera (HYPE3) e RaiaDrogasil (RADL3) ficaram no positivo. Hapvida (HAPV3) e Rede D’Or (RDOR3) foram os destaques negativos. O segundo setor com baixo desempenho foi o financeiro, com destaque negativo para o Bradesco (BBDC3; BBDC4).

* Colaborou Luiza Lanza