Ibovespa hoje opera com liquidez mais baixa entre feriados, enquanto o mercado acompanha dados de crédito no Brasil, lucros industriais na China e a contagem de sondas de petróleo nos EUA. (Imagem: Adobe Stock)
O Ibovespa abre a sexta-feira (26) em um contexto em que se espera liquidez mais enxuta, típico do período entre o Natal e o Ano Novo, quando parte relevante dos investidores já reduziu a atuação nos mercados. Sem pregão regular na B3 nos dias 24 e 25 de dezembro, a sessão de hoje funciona como uma transição para a reta final de 2025, com negociações tendencialmente mais técnicas e maior sensibilidade a notícias pontuais.
A agenda do dia é curta, mas concentra indicadores relevantes. No Brasil, os dados de concessão de crédito ajudarão a avaliar o ritmo da atividade econômica e o comportamento do sistema financeiro em um ambiente de juros elevados. No exterior, a contagem de sondas da Baker Hughes, nos Estados Unidos, serve como termômetro da atividade no setor de petróleo, enquanto a China divulga os lucros industriais acumulados no ano, indicador importante para medir a saúde das empresas do país e seus potenciais reflexos sobre commodities e mercados emergentes.
Na última sessão antes do feriado, na terça-feira (23), o Ibovespa fechou em alta de 1,46%, aos 160.455,83 pontos, acompanhando o desempenho positivo das bolsas de Nova York e a queda do dólar frente ao real. O mercado reagiu à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, que avançou 0,15% em dezembro e encerrou 2025 com alta acumulada de 4,41%, dentro do teto da meta. Também estiveram no radar dados do Produto Interno Bruto (PIB) e do índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos, este último o indicador de inflação preferido do Federal Reserve, o banco central americano.
O avanço do índice foi sustentado pelo ambiente externo, apesar de movimentos mistos nas commodities. O petróleo subiu em meio a tensões geopolíticas envolvendo Estados Unidos e Venezuela e Rússia e Ucrânia, enquanto o minério de ferro recuou na China. No câmbio, o dólar caiu 0,95%, encerrando a R$ 5,5314, após ter atingido na véspera o maior nível desde o fim de julho. Com o último pregão do ano no horizonte e volumes mais reduzidos, a tendência é de um mercado marcado por ajustes de posição e atenção redobrada a qualquer surpresa nos poucos indicadores previstos. A seguir, confira a agenda do dia.
País
Horário
Indicador / Evento
Brasil
08:30
Concessão de crédito (mês a mês)
Estados Unidos
15:00
Contagem de sondas de petróleo e total de plataformas (Baker Hughes)