O que este conteúdo fez por você?
- O Ibovespa caiu 0,03%, aos 128.465,69 pontos, e com volume negociado de R$ 18,4 bilhões
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3)
O Ibovespa hoje terminou o dia em queda de 0,03%, aos 128.465,69 pontos, e com volume negociado de R$ 18,4 bilhões.
Leia também
Nesta segunda-feira (6), a principal referência da B3 oscilou entre máxima a 129.180,57 pontos e mínima a 128.293,68 pontos.
Os investidores operam em compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (8), enquanto se dividem em relação às apostas para o próximo corte da Selic: 0,5 ou 0,25 ponto percentual. “Boa parte do mercado passou a projetar uma postura mais conservadora do colegiado. Esse fator também segurou o ímpeto da Bolsa hoje, com diversos agentes ajustando suas projeções de juros e inflação, além do ritmo de corte para as próximas reuniões”, destaca Leandro Ormond, analista da Aware Investments.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Outro fator que penalizou o Ibovespa no dia foi o avanço dos juros futuros, em meio às maiores projeções para a Selic e a inflação brasileira observadas no último Boletim Focus, divulgado nesta segunda. A tragédia climática no Rio Grande do Sul também pressionou as taxas, com o mercado especulando quais serão os gastos necessários para a reconstrução do estado e o auxílio às vítimas. “É lógico que a questão precisa ser resolvida o mais rápido possível, mas isso tudo acaba refletindo um pouco na nossa curva de juros”, afirma Pedro Marinho Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 1,03%, 0,46% e 1,19%, respectivamente. Os índice acionários americanos ainda foram impulsionados pelos dados do payroll (relatório oficial de emprego dos Estados Unidos), divulgados na última sexta-feira (3).
Os resultados ampliaram as perspectivas de cortes de juros em alguma das próximas reuniões do Federal Reserve (Fed), sendo que, nesta segunda, falas de dirigentes da autoridade não ofereceram sinais contrários a essa perspectiva
No dia, o dólar avançou 0,07% frente ao real na sessão, atingindo R$ 5,0741. O euro, por sua vez, subiu 0,11%, sendo negociado a R$ 5,463 ao final do pregão.
Publicidade
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3).
Braskem (BRKM5): -14,53%, R$ 19,7
As ações da Braskem (BRKM5) despencaram na Bolsa brasileira nesta segunda e lideraram com folga as perdas do Ibovespa, terminando o pregão em baixa de 14,53% a R$ 19,7. O mercado reagiu à informação de que a petroleira de Abu Dhabi, Adnoc, não tem interesse em continuar o processo para comprar a fatia da Nonovor na petroquímica.
A BRKM5 está em baixa de 7,42% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 9,88%.
Marfrig (MRFG3): -4,92%, R$ 9,09
O setor de frigoríficos foi penalizado na Bolsa brasileira, em meio às fortes chuvas no Rio Grande do Sul. “As ações sofreram diante das projeções de alta dos preços do milho, que devem ser afetados pela quebra na safra do estado e o escoamento da produção”, explica Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
A MRFG3 está em baixa de 3,81% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 6,29%.
Minerva (BEEF3): -3,69%, R$ 6,01
Entre os principais destaques negativos, estiveram os papéis de outro frigorífico: Minerva (BEEF3). Os ativos da empresa terminaram o dia em desvalorização de 3,69%, cotados a R$ 6,01. Além da tragédia climática no Rio Grande do Sul, as ações também sofreram por conta do rebaixamento da recomendação da empresa de compra para neutra pelo BTG Pactual.
A BEEF3 está em baixa de 1,8% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 19,54%.
Publicidade
*Com Estadão Conteúdo