O conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3) aprovou a proposta de desdobramento da totalidade de suas ações na proporção de uma ação para quatro ações, sem modificação do capital social.
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A proposta será submetida à Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que a operação tem como principal objetivo conferir melhor patamar para a cotação das ações a fim de torná-las mais acessíveis aos investidores.
Ontem o papel fechou cotado em R$ 87,10. Existem atualmente 1.624.731.712 ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal. Após o desdobramento, o capital social da varejista permanecerá no montante de R$ 6.070.911.472,00.
Ativos ficam mais acessíveis
Quando uma empresa faz desdobramento de ações, o volume em reais que cada investidor tem daquele ativo continua o mesmo. Entretanto, a quantidade de papéis muda e, consequentemente, o preço pago por cada um deles.
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“Se o investidor tinha R$ 50 mil de MGLU3 no passado, ele continuará com esses R$ 50 mil após o desdobramento”, afirma Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos. “No entanto, o número de ações desse investidor vai ser multiplicado por quatro e o preço de cada papel cai”, diz.
A intenção das companhias ao fazer um desdobramento de ações é tornar os ativos mais ‘baratos’ e mais acessíveis aos investidores. No caso da Magazine Luiza, o processo foi feito também em julho 2019, quando os papéis haviam ultrapassado o patamar dos R$ 260.
Na época, a proporção foi de um para oito, fechando em cerca de R$ 32 por cada ação após o desdobramento. “O papel subiu tudo de novo. Quando é uma ação boa, de uma empresa forte, como a Magalu, aumenta a atratividade e há grande chance de os investidores comprarem assim que o desdobramento sair”, afirma Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.
Recomendação de compra
Para Henrique Estéter, analista da Guide Investimentos, os papéis da Magazine Luiza e o setor varejo eletrônico estão entre as recomendações de compra da Casa. “Gostamos muito da empresa. Magalu é uma companhia referência no setor, apesar do patamar de preço estar um pouco esticado”, afirma.
Já a Toro tem recomendação neutra para os papéis. “A nossa recomendação de compra no setor é Via Varejo. A Magazine Luiza é uma excelente empresa, mas as ações estão caras”, afirma Carvalho. “Não vejo capacidade de tracionar os preços no longo prazo”, diz. Nesta sexta-feira (18), o MGLU3 registra alta de 86,85% no ano.
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Essa também é a visão de José Cataldo, head de research da Ágora Investimentos. “Por ora, nossa visão também é neutra para Magazine Luiza. No setor, recomendamos Via Varejo (VVAR3) e Lojas Americanas (LAME4).”
*Com Estadão Conteúdo