- Queridinhas da B3, Magazine Luiza (MGLU3) e WEG (WEGE3) tiveram o 2º e 3º pior desempenho do Ibovespa em novembro, enquanto o índice subiu 15,90%;
- Ações têm 1º e 2º melhor performance do IBOV em 2020, mas inverteram o sinal no mês;
- Movimento aconteceu por rotação de ações dos investidores e pela repressão do Estado de São Paulo para fase amarela por conta da pandemia de coronavírus.
O ano de 2020 não tem sido fácil para os investidores e as movimentações das ações têm surpreendido a todos. Como exemplo disso, basta olhar o desempenho de alguns papéis neste mês. Enquanto o Ibovespa disparou em novembro e alguns ativos chegaram a subir mais 60% no período, as queridinhas da B3 Magazine Luiza (MGLU3) e WEG (WEGE3) tiveram, respectivamente, o 2º e 3º pior desempenho do IBOV.
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Em ordem, as quedas foram de 5,08%, a R$ 23,38, e de 2,98%, a R$ 73,57. A performance foi melhor apenas do que a B2W (BTOW3), que caiu 6,43%, a R$ 70,40. O principal índice da bolsa brasileira subiu 15,90% no mês, aos 108.893,32 pontos, o que representa seu melhor novembro desde 1999.
Vale lembrar que WEG (WEGE3) e Magazine Luiza (MGLU3) possuem o 1º e 2º melhor desempenho do Ibovespa em 2020, com altas de 113,80% e 96,47%, até o fechamento do mercado desta segunda-feira (30). Enquanto a B2W (BTOW3) tem o 21º melhor desempenho até o momento, com valorização de 12,37%.
Rotação de ações
Segundo especialistas do mercado consultados pelo E-Investidor, tanto Magazine Luiza (MGLU3) como WEG (WEGE3) caíram por um movimento de retroação de ações. Isso significa que os investidores se desfizeram de suas posições nas empresas e compraram ações que estão mais descontadas no agregado do ano.
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“Há papéis mais atrativos no momento”, diz José Francisco Cataldo, head de research da Ágora Investimentos, salientando que as notícias positivas envolvendo uma vacina contra a covid-19 fez esta deslocação acontecer.
Portanto, a queda dos ativos não significa que as duas empresas deixaram de ser boas, apenas que o cenário apresenta melhores oportunidades em outras ações. “Os papéis não vão mais subir na mesma intensidade e os investidores decidiram realizar lucro”, afirma Eduardo Cavalheiro, gestor da Rio Verde Investimentos.
Retorno a fase amarela da reabertura de São Paulo
Além da saída dos investidores dos papéis, a Magazine Luiza (MGLU3) e a B2W (BTOW3) também foram prejudicadas com o retorno do Estado de São Paulo para a fase amarela da reabertura econômica. Com o anúncio feito pelo governador João Doria (PSDB) nesta segunda (30), os dois papéis caíram 3,35% e 8,11% apenas no pregão de hoje.
“Sabemos que as redes varejistas de e-commerce tem braços fortes de lojas físicas, que serão afetadas por esse recuo em razão da pandemia e um clima de maior cautela e incerteza”, diz Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos.
*Com Estadão Conteúdo