O Ibovespa caiu 1,44% nesta quarta-feira (4), aos 121.801,21 pontos e giro financeiro de R$ 33,5 bilhões. O principal índice de ações da B3 acompanhou o movimento de correção das bolsas estrangeiras e intensificou a queda com a repercussão em torno dos resultados do Bradesco, que vieram abaixo do esperado.
“A queda de 4% do Bradesco acabou puxando as empresas do setor financeiro e penalizando o índice em vista do lucro abaixo do esperado por conta do fraco resultado do lado de seguros. O desempenho do segmento foi impactado pela elevação do índice de sinistralidade, que foi afetado pela frequência dos eventos relacionados à Covid”, afirma Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
Após o final do pregão, o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu a Selic em 1 ponto percentual, para 5,25%. O ajuste veio em linha com as expectativas de mercado, segundo Paloma Brum, economista e analista de investimentos na Toro Investimentos.
“A alta já era esperada diante da perspectiva do avanço da inflação no Brasil. Enquanto observamos que o IPCA acumula um salto de 8,35% nos últimos 12 meses até junho, estima-se que o indicador deve chegar a 6,79% no final de 2021, segundo a mediana do Relatório Focus”, explica Brum.
Em Nova York, o S&P 500 e o Dow Jones terminaram em baixa de 0,46% e 0,92%, respectivamente. Já o Nasdaq registrou alta, de 0,13%.
As três ações que mais se valorizaram foram Usiminas (USIM5), Klabin (KLBN11) e Natura (NTCO3).
Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
Usiminas (USIM5): +4,40%, R$ 21,35
Os resultados sólidos do 2º trimestre alimentaram as boas perspectivas dos investidores com Usiminas, em sessão com o cenário doméstico mais pesado. Os papéis subiram 4,40%, cotados a R$ 21,35.
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As ações estão subindo 3,39% no mês e 47,04% no ano.
Klabin (KLBN11): +1,88%, R$ 24,95
O câmbio mais comportado impulsionou a recuperação da Klabin após quedas nas últimas sessões. No total, a valorização foi de 1,88%, aos R$ 24,95.
As ações estão subindo 2% no mês. No acumulado do ano, a queda acumulada é de 5,74%.
Natura (NTCO3): +1,05%, R$ 55,04
Os papéis da Natura foram impulsionados pela recomendação de compra feito pelo BTG, com preço-alvo de R$ 70.