Mercado

Ibovespa hoje: as ações que fecharam em alta no dia em que o índice cai pela 13ª vez consecutiva

O índice terminou o dia em baixa de 0,53%, aos 114.982,3 pontos e com volume negociado de R$ 27,3 bilhões

Ibovespa hoje: as ações que fecharam em alta no dia em que o índice cai pela 13ª vez consecutiva
Fachada da Cielo (CIEL3). (Foto: Cielo)
  • Ibovespa caiu pela 13ª vez consecutiva e oficializou uma sequência nunca antes vista na história
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Cielo (CIEL3), Eltetrobras ON (ELET3) e Minerva (BEEF3)

O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira (17) pela 13ª vez consecutiva. A principal referência da B3 encerrou o pregão em baixa de 0,53%, aos 114.982,30 pontos e com volume negociado de R$ 27,30 milhões, após oscilar entre máxima a 116.610,49 pontos e mínima a 114.904,67 pontos. Segundo o AE Dados, compilado pelo Broadcast, a sequência de perdas foi a mais longa de que se tem registro no índice, em histórico que retrocede a 1968.

Para Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital, a sequência de quedas pode ser explicada por uma realização de lucros por parte dos investidores, principalmente estrangeiros, que carregavam posições compradas desde os 100 mil pontos.

“Em algum momento, essa realização haveria de acontecer e o estopim foi o risco de uma recessão global por conta dos desafios da China, que apesar de diversos estímulos econômicos, está com dificuldade em retormar o aquecimento da economia e apresenta uma grande chance de default por parte de grandes construtoras, repetindo o caso da Evergrande”, afirma Caumont.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Já Felipe Moura, sócio e analista de Finacap Investimentos, destaca que o mercado está à espera de algum gatilho mais significativo. Isso porque todo o rali foi alimentado pela expectativa do corte de juros, que se efetivou em agosto, e o mercado agora carece de mais alguma pauta forte para poder voltar a se movimentar.

“Acredito que os investidores tomaram uma posição mais defensiva nesse momento de maior incerteza. Estamos na temporada de resultados ainda, mas já chegado ao final, e temos muitas empresas com deterioração de resultado, o que já era esperado em função dos juros elevados”, pontua Moura.

A piora do Ibovespa ao longo da sessão também acompanhou o movimento das Bolsas de Nova York, que também fecharam em queda, após abrirem o dia no terreno positivo. Os papéis do setor de consumo e tecnologia foram os que mais caíram no mercado americano, em meio à valorização dos rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos dos Estados Unidos.

Principais variações

A virada para baixo das ações da Petrobras (PETR3;PETR4), em meio à maior cautela em Nova York, também pressionou a Bolsa brasileira. A desvalorização dos papéis se destoou do avanço da cotação do petróleo, que encerrou uma sequência de três sessões de queda e fechou em alta nesta quinta.

Por outro lado, as ações da Vale (VALE3) operaram no positivo e chegaram a figurar entre os maiores ganhos do Ibovespa. O movimentou ocorreu com o crescimento das expectativas de estímulos financeiros por parte do governo chinês, após o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) afirmar estar comprometido em ampliar o apoio à atividade econômica do país.

O dólar e o euro caíram 0,1% e 0,15% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,98 e R$ 5,42, respectivamente. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,77%, 0,84%, 1,17%, respectivamente.

Publicidade

As três ações que mais valorizaram no dia foram Cielo (CIEL3), Eltetrobras ON (ELET3) e Minerva (BEEF3).

Cielo (CIEL3): +2,67%, R$ 3,84

Apesar de protagonizar a maior alta do dia, Leonardo Rahal, analista da Levante Corp diz que não houve muitos gatilhos. “Não vimos nada de relevante em Cielo. O papel caiu 26% nos últimos dias. Tem um beta elevado. A priori, as altas de ontem e de hoje não passam de um ajuste técnico pós-queda”, afirma ao Broadcast.

A Cielo está em baixa de 17,42% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,71%.

Eltetrobras ON (ELET3): +2,15%, R$ 34,63

Eletrobras foi palco do noticiário após a companhia comunicar a saída do presidente Wilson Ferreira Jr. do comando da empresa, e o presidente Lula da Sila (PT) excluir as ações da União na Eletrobras do programa de desestatização. Itaú, Goldman e Renascença lideraram as compras, enquanto UBS, Bradesco e Terra se destacaram nas vendas.

“Tem uma parcela de subjetividade muito grande em todas as avaliações recentemente, com tanta incerteza. Mas em termos de valuation e fundamentos, Eletrobras ainda está barata”, comenta Vicente Koki, analista da Mirae Asset, ao Broadcast.

A Eltetrobras ON está em baixa de 10,4% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 17,25%.

Minerva (BEEF3): +1,53%, R$ 10,6

Como a terceira maior alta, aparece Minerva. Segundo Caumont, os papéis sobem forte por conta da permissão da autoridade concorrêncial do Uruguai para aquisição da BPU Meet por parte da companhia.

A Minerva está em alta de 7,07% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 13,26%.

Publicidade

*Com Estadão Conteúdo

Informe seu e-mail

Faça com que esse conteúdo ajude mais investidores. Compartilhe com os seus contatos