A agenda econômica desta semana traz a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e Federal Reserve (Fed, o banco central americano), além do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e uma série de balanços, como Itaú (ITUB4) e Petrobras (PETR3; PETR4). Nesta segunda-feira (4), a expectativa por medidas de cortes de gastos ocupa o centro das atenções do mercado financeiro hoje, com a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros ministros.
Ainda na agenda econômica hoje, investidores acompanham o boletim Focus em meio ao novo horário de fechamento da Bolsa com o fim do horário de verão nos EUA. Nesta segunda-feira, também saem encomendas à indústria dos EUA, Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial global pela S&P, PMI composto da China.
Na agenda local dos próximos dias, a decisão do Copom sai na quarta-feira (6), junto ao Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e à balança comercial de outubro; na quinta-feira (7), a Petrobras divulga seus resultados trimestrais; e o IPCA de outubro será conhecido na sexta-feira (8).
No exterior, a eleição presidencial dos Estados Unidos ocorre na terça-feira (5), e a decisão de política monetária do Federal Reserve na quinta-feira (7), mesmo dia do desfecho do Banco da Inglaterra (BoE).
Na terça-feira (5), a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa em evento na França. Na quarta-feira (6), tem o Índice de Preços ao Produtor (PPI) da zona do euro. Quinta-feira (7) é dia também de vendas no varejo da zona do euro, produção industrial da Alemanha e balança comercial da China. Na sexta-feira (8), são esperados o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e PPI da China.
Confira os 4 destaques do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
As bolsas internacionais hoje buscam fôlego, mas o avanço é moderado em meio à expectativa com as eleições presidenciais nos EUA na próxima terça-feira (5). As chances de a vice-presidente Kamala Harris vencer o pleito cresceram em casas de apostas, o que enfraquece o dólar ante rivais.
Uma série de pesquisas divulgadas nesse fim de semana indicam uma tímida recuperação de Harris na disputa com o ex-presidente republicano Donald Trump.
Na zona do euro, o índice de gerentes de compras industrial subiu de 45 em setembro para 46 em outubro, atingindo o maior nível em cinco meses, ligeiramente acima das estimativas (45,9), mas abaixo de 50, o que ainda indica contração da atividade.
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Nesta manhã, as bolsas europeias operam em alta modesta, mostrando cautela antes da eleição nos EUA.
Balanços
A temporada de balanços continua e, nos mercados locais, terá os números de Itaú, BB Seguridade (BBSE3) e TIM (TIMS3) após o fechamento dos mercados.
A Klabin (KLBN11) divulgou seus números nesta manhã, reportando um lucro de R$ 729 milhões no terceiro trimestre, alta de 197% ante o mesmo período do ano passado.
Acompanhe o calendário de balanços do terceiro trimestre nesta matéria
Commodities
O petróleo avança quase 3,00% nesta manhã. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) irá adiar planos de aumentar sua oferta em um mês. Enquanto isso, o minério de ferro fechou em alta de 0,91% em Dalian, na China.
Refletindo o movimento de suas commodities, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 0,57% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h30, enquanto os da Petrobras avançavam 0,84%.
Mercado brasileiro
A expectativa de que cortes de gastos sejam anunciados nos próximos dias deve alimentar o apetite por ativos locais. O ETF brasileiro EWZ subia no pré-mercado em NY. O avanço das commodities tende a favorecer o Ibovespa e ações de petroleiras, mineradoras e siderúrgicas.
Além disso, o dólar mais fraco frente a moedas emergentes e o recuo dos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida americana) reforçam um movimento favorável ao fechamento da curva de juros e à valorização do real.
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O mercado financeiro hoje também estará atento esta semana ao comunicado do Copom, que deve elevar a Selic em 50 pontos-base, para 11,15%, na quarta-feira.
