A agenda econômica traz o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, além das primeiras prévias de junho do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) Capitais. O Tesouro faz leilões de LFT e NTN-B, às 11h. A agência Moody’s realiza evento anual para discutir as perspectivas macroeconômicas do Brasil, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) debate a operacionalização da nova Tarifa Social de Energia Elétrica.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, discursa pela manã e o secretário-executivo Rogerio Antônio Lucca, palestra sobre o Drex, o real digital. O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje os interrogatórios dos réus na ação penal sobre a tentativa de golpe em 2022.
No exterior, os investidores acompanham também negociações entre EUA e China no contexto da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, o quadro fiscal americano e a escalada da crise institucional entre o governo federal e o da Califórnia, antes do índice de inflação ao consumidor (CPI), que sai na quarta-feira (11).
Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa americanos) caem, ampliando perdas de ontem à medida que investidores mantêm a cautela antes do segundo dia de negociações comerciais entre EUA e China, em Londres. Também nesta terça-feira, o Tesouro americano leiloa US$ 58 bilhões em T-notes de 3 anos.
Mercado financeiro hoje: o que acompanhar nesta terça-feira (10)
Bolsas operam sob expectativa de negociações entre EUA e China
Os mercados futuros de ações em Nova York oscilam sem direção única, enquanto os juros dos Treasuries seguem em baixa no aguardo do segundo dia de negociações comerciais entre EUA e China. Uma autoridade do Departamento do Tesouro americano disse que não há um prazo definido para o fim das negociações bilaterais. Na segunda-feira (9), Trump disse que as conversas estão “indo bem”, apesar de o governo de Pequim não ser “fácil”.
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam com sinais divergentes discretos. Na segunda-feira, Wall Street fechou perto da estabilidade. A agenda de hoje não traz indicadores relevantes. No começo do dia, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,03%, o S&P 500 subia 0,12% e o Nasdaq avançava 0,16%.
Euro e libra recuam; bolsas asiáticas fecham sem direção única
Na Europa, as bolsas apontam sinais divergentes em meio à alta do petróleo pela quarta sessão seguida. Por outro lado, o euro e a libra recuam após dados do Reino Unido mostrarem avanço no desemprego e desaceleração no crescimento dos salários, aumentando as expectativas de novos cortes de juros pelo Banco da Inglaterra.
No início da manhã desta terça-feira, a Bolsa de Londres subia 0,53% e a de Paris caia 0,03% enquanto a de Frankfurt caía 0,38%. Na Alemanha, as ações das empresas de defesa Renk e Rheinmetall amargavam perdas de 8,8% e 2,7%, respectivamente, à espera de detalhes das conversas sino-americanas. Já em Zurique, o UBS tombava 6,6% dias após o governo da Suíça propor regras mais severas que poderá forçar o banco a reservar mais US$ 26 bilhões em capital. A Novo Nordisk saltava 2,4% em Copenhague após relatos de que o fundo de hedge ativista Parvus Asset Management está buscando conquistar uma participação relevante na farmacêutica dinamarquesa para influenciar a escolha de seu novo CEO.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, enquanto investidores aguardam o segundo dia de negociações comerciais entre EUA e China. O índice japonês Nikkei subiu 0,32% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,56% em Seul e o Taiex teve alta de 2,07% em Taiwan. Já na China continental, o Xangai Composto caiu 0,44%, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,79%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,08%. Na Oceania, o S&P/ASX 200 da bolsa australiana avançou 0,84% em Sydney.
Petróleo e dólar sobem ainda mais
Os contratos futuros do petróleo sobem em sua quarta sessão consecutiva de ganhos, enquanto investidores aguardam que um alívio em tensões comerciais melhore a perspectiva para a demanda pela commodity. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para julho avançava 0,40% na Nymex, a US$ 65,56, enquanto o do Brent para agosto subia 0,45% na ICE, a US$ 67,34.
O dólar hoje avança ante outras moedas de economias desenvolvidas, revertendo perdas da véspera. O índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – tinha ganho de 0,14%, a 99,07 pontos, após ceder 0,25%, a 98,939 pontos ontem.
Como está o mercado doméstico?
Sem indicadores relevantes no exterior, o foco do mercado recai sobre o IPCA de maio, que pode influenciar as expectativas para a taxa Selic. O índice subiu 0,26%, ante alta de 0,43% no mês anterior. A mediana das projeções apontava alta de 0,34%, segundo apurou o Projeções Broadcast. No ano, a inflação medida pelo IPCA acumula alta de 2,75% e, em 12 meses, avança 5,32%.
Impacto do IOF ainda segue em pauta
Senadores da oposição discutem hoje as medidas alternativas à elevação do IOF, entre elas a taxação de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que enfrentam resistências.
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