Uma palestra do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ficará na mira dos investidores nesta manhã de quarta-feira (16), além de uma reunião do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, em meio às investigações das causas do apagão de ontem em 25 Estados e no Distrito Federal.
- Veja também: Bolsas da Ásia: economia da China e setor financeiro japonês pressionam mercados; veja como fecharam hoje
No exterior, os destaques ficam com os dados de produção industrial dos Estados Unidos e a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de julho, que podem oferecer um contexto mais claro para a avaliação do estado atual da economia e da inflação do país.
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Os índices futuros de Nova York tentam uma recuperação, mas o fôlego é curto em meio à espera da ata do Fed, após as perdas de mais de 1% na véspera, por temores com a desaceleração econômica da China e EUA e após declarações do presidente da distrital de Minneapolis do Fed, Neel Kashkari.
Ele disse que não está pronto para falar que o BC americano já terminou de elevar as taxas de juros neste ciclo e defendeu medidas mais rígidas de regulação do sistema bancário do país, pressionando ações do setor. No radar, porém, se mantém um alerta da Fitch de que pode vir a rebaixar a nota de crédito de várias instituições financeiras dos EUA, seguindo os passos da Moody’s.
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Na Europa, as Bolsas de Frankfurt e Paris reduziram ganhos de mais cedo, enquanto Londres ampliou perda durante o dia, após indicadores na região. Na Ásia, as bolsas fecharam em queda por cautela com o quadro econômico na China, corte nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) chinês neste ano pelos bancos JPMorgan e Barclays e receio de que custos mais altos de empréstimos pesem na perspectiva econômica do Japão.
No Brasil
O fôlego curto das bolsas internacionais nesta manhã pode limitar os ajustes na abertura do Ibovespa, bem como a queda do petróleo pode pressionar também as ações da Petrobras (PETR3; PETR4). Mas pode amenizar os ânimos a sinalização do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a votação final do arcabouço fiscal e da desoneração da folha de pagamentos na semana que vem.
Lira afirmou que o arcabouço fiscal pode ser votado no plenário da Casa na próxima terça-feira (22) se houver consenso sobre a emenda do Senado que autoriza a previsão de despesas condicionadas no Orçamento de 2024. A medida, defendida pelo governo, garante um espaço de cerca de R$ 30 bilhões na peça orçamentária, que deve ser enviada ao Congresso até o dia 31 de agosto.
No Senado, o plano de trabalho do relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga (MDB-AM), prevê que a votação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ocorra no dia 4 de outubro deste ano, apurou o Broadcast Político.
Agenda
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, profere palestra em evento da Abrasel (9h40). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reúne com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi (9h). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem várias reuniões nesta quarta-feira, incluindo om a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (18h).
No exterior, o Fed divulga a produção industrial dos EUA (10h15) e a ata da reunião de política monetária de julho (15h). Estão previstos também dados de construções de moradias em julho (9h30) e de estoques de petróleo no país (11h30).
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*Com informação do Broadcast