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Mercado hoje: a semana começa de olho na decisão do Fed, juros no Japão, PEC do BC e inflação brasileira. Confira a agenda econômica completa

Na agenda local, destaque para a reunião de Haddad com a presidente da Petrobras e boletim Focus

Mercado hoje: a semana começa de olho na decisão do Fed, juros no Japão, PEC do BC e inflação brasileira. Confira a agenda econômica completa
Imagem: Adobe Stock

A decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) é o ponto alto da agenda da semana, que traz ainda os índices de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, China e Brasil (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA). O Banco do Japão (BoJ) também decide sobre o rumo dos juros esta semana. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que transforma o Banco Central (BC) em empresa pública com independência orçamentária e financeira poderá ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

A agenda econômica da segunda-feira (10) traz o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião com a nova presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Magda Chambriard, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será recebido em jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A queda de mais de 2% da Bolsa de Paris reflete com mais força a cautela nas bolsas europeias, após resultados iniciais mostrarem avanço de partidos de extrema direita nas eleições parlamentares da União Europeia, o que levou a França a antecipar suas eleições legislativas.

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O fortalecimento da extrema direita é visto também na Espanha e Alemanha. O euro opera em queda ante o dólar. As ações dos bancos franceses Société Générale e BNP Paribas tombavam 7,46% e 5,6%, respectivamente, em Paris perto das 7 horas.

Os futuros de Nova York também recuam, com investidores à espera dos números do CPI e a decisão do Fed, que deverá deixar seus juros inalterados pela sétima vez consecutiva. O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Joachim Nagel, disse que o BCE precisa manter a cautela após cortar juros pela primeira vez em quase cinco anos na semana passada, uma vez que as incertezas sobre a perspectiva da economia e da inflação seguem elevadas.

Enquanto isso, na Ásia, as bolsas de Tóquio e Seul fecham sem direção única em meio a feriados na China e Austrália.

Agenda econômica no Brasil

O tom de cautela no exterior tende a afetar os ativos financeiros. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, caía 0,14% no pré-mercado em NY às 7h10.

Entre as commodities, o minério de ferro opera sem a referência de Dalian devido a um feriado; em Cingapura, registra queda de 2,56%, a US$ 105,95 por tonelada. Já os contratos futuros de petróleo registram leve alta, com o Brent subindo 0,13%, a US$ 79,75 por barril, e o WTI avançando 0,04%, a US$ 75,57. A variação das commodities pode impactar o Ibovespa após fechar mais um pregão em queda na última sexta-feira.

Além do IPCA, fica no radar a possibilidade de aumento dos preços dos combustíveis, na terça-feira (11), por causa da medida provisória que limita os créditos do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Confira detalhes nesta matéria.

Em reunião com representantes do mercado financeiro na sexta-feira (7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há um conjunto de alternativas a serem levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso de o crescimento das despesas obrigatórias consumir o espaço para as despesas discricionárias (aquelas que não são obrigatórias, como recursos para custeio e investimentos) dentro da regra fiscal.

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Também na sexta-feira (7), os diretores do BC Gabriel Galípolo e Paulo Picchetti deram declarações consideradas hawkish ou conservadoras pelo mercado financeiro. As falas, reafirmando compromisso com a meta de inflação de 3%, mostram que o racha provocado na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi desnecessário e só aumentou as incertezas, sem nenhum ganho para a política monetária.

No sábado (8), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a autoridade monetária não pode ser cobrada pela alta dos juros de longo prazo, que, segundo ele, está associada à credibilidade do governo. “Não tem nada a ver com o Banco Central, que determina a taxa de um dia”, disse Campos Neto, referindo-se à Selic.

Agenda semanal

A agenda desta semana traz como destaque a decisão de política monetária do Fed e a divulgação do CPI, ambos na quarta-feira (12). Nesta segunda-feira (10), o dirigente do BCE Robert Holzmann participa de evento organizado pelo BC da Áustria (8h00). Na terça-feira (11) serão divulgados o CPI e o índice de preço ao produtor (PPI) da China. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulga relatório mensal.

Na quinta-feira (13), tem produção industrial da zona do euro e PPI dos EUA. Na sexta-feira (14), é a vez de decisão sobre juros do BoJ e índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. A presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de painel na 30ª Conferência Econômica de Dubrovnik. Na Itália, começa a cúpula do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

Na agenda local desta segunda-feira (10), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard (11h00). O BC divulga o relatório Focus (8h25). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será recebido em jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Na terça-feira (11), é esperado o IPCA de maio. Na quarta-feira (12), a PEC 65, que confere autonomia orçamentária ao Banco Central, poderá ser votada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Também será revelada a pesquisa de serviços de abril. Na quinta-feira (13), é a vez das vendas no varejo de abril. Na sexta-feira (14), tem pesquisa industrial mensal regional de abril.

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