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Mercado hoje: a semana começa de olho na decisão de juros do Copom, indicadores globais e dados da inflação brasileira. Confira a agenda completa

Investidores voltam a considerar as chances de o banco central dos EUA cortar seus juros em setembro

Mercado hoje: a semana começa de olho na decisão de juros do Copom, indicadores globais e dados da inflação brasileira. Confira a agenda completa
Imagem: Adobe Stock

Decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e do Banco da Inglaterra (BoE) estão entre os destaques nesta semana. Discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra (BoE) e do Federal Reserve (Fed, banco central americano), entre eles dos presidentes das distritais de Nova York, John Williams, de Richmond, Tom Barkin, e de Minneapolis, Neel Kashkari, são esperados também. Investidores repercutem ainda os índices de gerentes de compras (PMI) europeus, dos Estados Unidos e global.

No Brasil, as atenções desta segunda-feira (6) ficam no resultado do setor público consolidado e em uma série de balanços, incluindo BB Seguridade (BBSE3) e Itaú Unibanco (ITUB4). Nos dias seguintes são esperados dados da balança comercial, do varejo e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e outros resultados trimestrais, incluindo Banco do Brasil (BBAS3), Embraer (EMBR3), Eletrobras (ELET3;ELET6), B3 (B3SA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Sabesp (SBSP3).

O dólar ante moedas principais sobe nesta manhã, limitando os ganhos dos índices futuros em Nova York, após altas perto de 2% na sexta-feira (3), na esteira dos dados mais fracos do que o esperado do mercado de trabalho nos EUA (payroll). Veja detalhes do relatório nesta matéria.

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Investidores voltam a considerar as chances de o Fed cortar seus juros em setembro e a possibilidade de queda de 50 pontos-base neste ano. Na semana passada, o Fed deixou as taxas inalteradas pela sexta vez consecutiva à faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Sem indicadores na agenda americana nesta segunda-feira, os investidores aguardam discursos de dois dirigentes do Fed.

As bolsas europeias sobem repercutindo avanço dos dados de atividade PMIs de serviços da região e animadas com a possibilidade de flexibilização monetária nos EUA. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 7,8% na comparação anual de março, ante previsão de analistas de 7,7% e depois de recuar em ritmo mais forte em fevereiro, de 8,5% (após revisão de 8,3% anteriormente).

O petróleo avança também, após cair em torno de 6% na semana passada, precificando elevação de preços da commodity pela Arábia Saudita em junho para a Europa e Ásia e diante da fraca perspectiva de que Israel e Hamas consigam fechar um acordo de cessar-fogo.

As bolsas chinesas tiveram firmes ganhos na volta do feriado do Dia do Trabalho, de três dias, com a possibilidade de corte de juros nos EUA e a reunião do Politburo na semana passada, deixando em segundo plano pesquisa da S&P Global/Caixin mostrando queda do PMI de serviços chinês em abril, para 52,5.

Agenda econômica no Brasil

A Bolsa pode se animar com Wall Street e a alta de commodities. O minério de ferro subiu 2,63% em Dalian, na China, e pode amenizar reações a notícias sobre o comando da Vale (VALE3).

O petróleo também avança em bom prenúncio para a Petrobras (PETR3; PETR4), mas a Sabesp (SBSP3) tende a reagir à decisão da Justiça de suspender a sessão da Câmara de São Paulo que aprovou o projeto de lei de adesão da capital à privatização da companhia.

Investidores vão olhar também os dados fiscais do setor público. Fica no radar a perspectiva de elevação de gastos extraordinários do governo em razão do desastre climático no Rio Grande do Sul. A expectativa no mercado é de que um déficit do governo central de R$ 1,527 bilhão em março deve puxar o resultado negativo projetado de R$ 1,70 bilhão (mediana) nas contas do setor público consolidado no período, segundo o Projeções Broadcast. Dólar e juros futuros em altas leves podem afetar ainda os ajustes na curva de juros futuros e no câmbio.

Na agenda fiscal, pressionado a encontrar um meio-termo para o impasse da desoneração da folha de pagamento dos municípios e de olho na sessão do Congresso para analisar vetos presidenciais marcada para quinta-feira (9), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorreu ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a fim de firmar um grande acordo que resolva as duas pendências e abra espaço político para avançar com a regulamentação da reforma tributária.

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No caso de manter, em 2025, a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até dois salários mínimos, o Governo Federal terá de abrir mão de mais R$ 4,3 bilhões da arrecadação, calculou a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco).

Agenda da semana

A reunião do Copom de maio começa nesta terça (7) e a decisão sai na quarta-feira (8). O resultado do setor público consolidado de março é o destaque nesta segunda-feira, além do boletim Focus. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de reunião por videoconferência do BIS (10h).

O presidente Lula assina convênios entre Itaipu Binacional, Governo do Pará e Prefeitura de Belém, no contexto da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), no valor de R$ 1,3 bilhão (11h). O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar o julgamento sobre a Lei das Estatais na quarta-feira.

No calendário corporativo, a B3 divulga a nova carteira teórica do Ibovespa para o período de maio a agosto de 2024. A BB Seguridade divulga os resultados do primeiro trimestre antes da abertura do mercado e realiza teleconferência (11h) e outros balanços saem após o fechamento, como Itaú Unibanco, TIM Brasil (TIMS3), CCR (CCRO3), Vamos (VAMO3), CBA (CBAV3), Guararapes (GUAR3), Enauta (ENAT3) e Rede D’Or (RDOR3).

Nos dias seguintes, são esperados ainda dados da balança comercial de abril, na terça-feira;  Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e Varejo, na quarta-feira; e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, na sexta-feira.

Os dirigentes do Fed Tom Barkin, de Richmond (13h50), e John Williams, de Nova York (14h), abrem hoje o calendário semanal de falas de autoridades do banco central americano. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn participa de evento (14h).

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Ainda nos EUA, sai nesta segunda-feira o PMI global de serviços em abril (12h) e, na sexta-feira, o índice de sentimento do consumidor em maio e as expectativas de inflação no país. Além do BoE, os BCs do México e do Peru divulgam decisões monetárias na quinta-feira; e o BC da Austrália, na terça-feira. O BCE publica ata da última reunião de juros, na sexta-feira.

Na China, estão programados números da balança comercial na quinta-feira, e de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) em abril, na sexta-feira.

Entre os balanços programados na semana estão os de UBS, UniCredit, BP, Walt Disney, Enel e TSMC.