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Mercado hoje: palestra de Haddad na FGV e falas da presidente do BC europeu ficam no radar

CPI alemão, PIB dos EUA e falas do presidente do Fed devem direcionar o investidor nos próximos dias

Mercado hoje: palestra de Haddad na FGV e falas da presidente do BC europeu ficam no radar
Fernando Haddad, ministro da Fazenda. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A última semana de setembro é de agenda intensa, com ata do Comitê de Política Monetária (Copom), Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de setembro e Relatório Trimestral de Inflação (RTI) em destaque no Brasil.

Nesta segunda-feira (25) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da palestra “Caminhos para Retomada do Desenvolvimento Econômico”, na FGV, em São Paulo. Lá fora, a presidente do BCE, Christine Lagarde, testemunha no Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu.

Nos próximos dias são esperados o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha, o Produto Interno Bruto (PIB) final dos EUA do 2º trimestre, e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, PIB do Reino Unido, vendas no varejo da Alemanha e CPI da zona do euro.

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Após perdas robustas das bolsas de Nova York na semana passada, os índices futuros operam sem fôlego e apontam para possível continuidade de queda, em meio à perspectiva de que os juros nos EUA permaneçam em níveis elevados por mais tempo do que se imaginava.

A Oxford Economics espera que os EUA entrem em leve recessão em 2024 em meio à política monetária restritiva. Na Europa, as bolsas mostram cautela mais acentuada diante também preocupações renovadas com o combalido setor imobiliário da China.

As ações da Evergrande levaram um tombo de quase 22%, após a incorporadora chinesa anunciar que está impossibilitada de emitir novos títulos devido a uma investigação sobre uma de suas afiliadas.

Mais cedo, foi revelado que o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha caiu levemente em setembro, a 85,7 pontos, ante 85,8 pontos em agosto, superando a expectativa de analistas de queda de 85 pontos.

No Japão, o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda , disse que a inflação no país parece ainda não estar alcançando a meta de inflação estipulada pela autoridade monetária, de 2%.

No Brasil

A postura defensiva dos mercados internacionais tende a afetar os negócios locais nesta segunda-feira, uma vez que a agenda local ganha tração a partir de terça-feira (26), com a ata do Copom e IPCA-15 de setembro.

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Além dos temores com cenário de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos e outras economias, o investidor deve seguir cauteloso de olho no cenário fiscal e na viabilidade de o governo cumprir a meta de déficit fiscal zero em 2024.

Ao mesmo tempo em que o governo enfrenta desaceleração da arrecadação, há pautas-bombas no Congresso que ameaçam aumentar os gastos em até R$ 88,5 bilhões aos cofres federais.

As medidas incluem benesses para Estados e municípios em crise, além da retomada de bondades antigas para o setor produtivo, como a atualização dos limites do Super Simples.

Agenda

A agenda local traz como destaques a ata do Copom e IPCA-15 de setembro, ambos na terça-feira, além do Relatório Trimestral de Inflação, na quinta-feira (28), com coletiva do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e diretor de Política Econômica, Diogo Guillen.

Na quarta-feira (27) saem a nota de crédito do BC e o relatório mensal da dívida pública federal. Na quinta-feira também serão divulgados o IGP-M de setembro, dados do Caged e o resultado primário do Governo Central de agosto. Na sexta-feira (29) tem o setor público consolidado de agosto, e a taxa de desemprego no mês passado pela Pnad Contínua.

A segunda é dia de relatório Focus (8h25) e nota do setor externo de agosto (8h30). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da palestra “Caminhos para Retomada do Desenvolvimento Econômico”, na FGV, em São Paulo (9h00).

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