Um pronunciamento à imprensa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no escritório da pasta em São Paulo, deve concentrar as atenções na abertura dos mercados locais, nesta sexta-feira (24).
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O assunto da entrevista não foi informado, mas a agenda do ministro foi alterada ontem à noite e o Broadcast Político apurou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria decidido pelo veto integral ao Projeto de Lei da desoneração da folha.
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Petrobras (PETR3; PETR4)
O Plano Estratégico da Petrobras para o período 2024-2028 foi divulgado ontem e prevê investimentos de US$ 102 bilhões. O montante é 30,7% superior aos US$ 78 bilhões no plano anterior, até 2027. Como esperado, a estatal manteve foco na área de Exploração e Produção (E&P), que ficará com US$ 73 bilhões ou 71,5% do total a ser investido. O pré-sal segue como o grande foco da área, com 67% dos recursos. A principal novidade são aportes em energias renováveis e descarbonização, de US$ 11,5 bilhões.
Na avaliação do Citi, o Plano Estratégico delineia uma expansão significativa no capital investido (capex) da Petrobras em atividades de exploração, com foco no pré-sal, expansão da capacidade na área de downstream e projetos de baixo carbono. O programa veio dentro das expectativas do banco.
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A Petrobras também anunciou que reduziu a previsão de pagamento de dividendos para o montante de US$ 40 bilhões a US$ 45 bilhões entre 2024 a 2028, o que inclui valores para recompra de ações. O plano anterior, divulgado em 2022, previa dividendos entre US$ 60 bilhões e US$ 70 bilhões até 2027. Hoje, a companhia realiza entrevista coletiva para detalhar o plano.
- Confira ainda: Mercado hoje: pronunciamento de Haddad e PMI dos Estados Unidos são destaques desta sexta-feira
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3)
Cemig e Copasa receberam ofício do governo mineiro, acionista controlador, informando que ainda não houve manifestação ou aceite da gestão pública sobre eventual federalização das estatais. “Foram apresentadas alternativas, que ainda serão objeto de análise minuciosa, tanto pelos técnicos do governo federal, quanto do estadual”, disse o governador Romeu Zema, no ofício.
O que se discute é a possibilidade de as empresas serem repassadas à União para abater parte da dívida do Estado com a União, que é de cerca de R$ 160 bilhões. As duas ações seguiram em queda ontem na Bolsa, em reação à notícia.
Bancos
O governo vai simplificar a proposta de mudança no JCP. Em vez de acabar com a dedutibilidade como um todo, vai enviar um modelo mais restrito, a fim de combater apenas o que avalia como fraude, apurou o Estadão. O novo modelo será um JCP “minimalista”, segundo um integrante da área econômica. A medida afeta sobretudo o setor financeiro, um dos que mais usam o instrumento.
Construtoras, varejistas de vestuário e frigoríficos
Segundo o Estadão/Broadcast, o presidente Lula vetou a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de forma integral de 17 setores até 2027. Construção civil, vestuário e proteína animal estão entre os setores mais afetados. A informação deve ser confirmada hoje, pelo ministro Fernando Haddad, em pronunciamento à imprensa, no gabinete da pasta, em São Paulo.
CVC (CVCB3) e Alpargatas (ALPA4)
A Mar Capital passou a ser titular de 52.881.245 ON da CVC, totalizando 10,06% do capital social.
Já a Dynamo passou a deter 35.060.490 PN da Alpargatas, ou 10,20% do total desta classe.