A participação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e de outros dirigentes do Fed em eventos nos Estados Unidos nesta segunda-feira (2) fica nos holofotes. Os mercados repercutem as leituras finais de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial em vários países em meio à expectativa na semana pelo relatório de emprego dos EUA, o payroll.
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A agenda econômica no Brasil traz Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), dados do Caged e da balança comercial. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, profere palestra em evento promovido pela Abracam, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Ainda nos próximos dias estão previstos o resultado da produção industrial, do IPC-Fipe e do Índice Geral de Preços (IGP-DI).
Os índices futuros das bolsas de Nova York ficaram mistos nesta manhã, sugerindo que Wall Street pode começar a semana com volatilidade após subirem mais cedo na esteira da aprovação pelo Congresso dos EUA, no fim de semana, de proposta que estende por 45 dias o financiamento do governo Joe Biden, evitando um “shutdown”.
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A subida dos juros dos Treasuries e do dólar pesam nas ações em Wall Street. Na Europa, as bolsas passaram a cair nesta manhã, após dados de PMIs divulgados na região apontarem contração em ritmo acentuado na Alemanha.
O PMI industrial alemão subiu de 39,1 em agosto para 39,6 em setembro, ficando abaixo da estimativa preliminar e da previsão de analistas, de 39,8 em ambos casos. O PMI industrial da zona do euro caiu de 43,5 em agosto para 43,4 em setembro, confirmando a estimativa preliminar e a expectativa de analistas.
Já o PMI do Reino Unido avançou a 44,3 em setembro, acima da prévia. Na Ásia, as bolsas subiram com dados de manufatura chineses acima da linha de expansão e do esperado, embora com liquidez restrita devido ao fechamento das bolsas chinesas nesta semana pelo feriado “Dourado” no país até a próxima sexta-feira.
Os investidores operam na expectativa ainda pelos dados de manufatura americanos e comentários de Powell e de vários dirigentes do BC americano ao longo do dia.
No Brasil
Os mercado locais começam o quarto trimestre do ano monitorando os riscos externos de recessão nos EUA em meio a sinais de juros mais altos por mais tempo no país, de olho em estímulos na China e na agenda fiscal no Brasil.
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O tema-chave dos mercados até o final do ano deve permanecer sendo a condução da política monetária nos EUA e os juros dos Treasuries voltam a pesar nesta manhã, podendo trazer cautela à abertura local, sobretudo à curva de juros.
Os investidores vão focar em Campos Neto e Haddad, além dos indicadores locais. Na sexta-feira, os ativos brasileiros reagiram aos ventos contrários externos e à desconfiança sobre o cumprimento das regras fiscais no curto prazo, provocando abertura da curva de DI, fechamento do dólar no patamar de R$ 5,00.
Já o Ibovespa conseguiu sustentar ganho leve na sexta aos 116.565,17 pontos (+0,72% no dia) e em setembro (+0,71%) na esteira da valorização de papéis ligados a commodities.
Agenda
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) em setembro será publicado às 8 horas e o boletim Focus, às 8h25. Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto saem também às 14h30 e serão comentados em entrevista com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho às 15 horas.
Ainda, o saldo comercial de setembro está programado às 15 horas. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, profere palestra em café da manhã promovido pela Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), em São Paulo às 10 horas. Nos próximos dias também estão previstos o IPC-Fipe, na terça; o resultado da produção industrial em agosto, na quinta; e o IGP-DI de setembro, na sexta-feira.
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