A divulgação do relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do primeiro bimestre de 2024 é destaque, além do índice de confiança do consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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No exterior, são esperados comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), inclusive de seu presidente, Jerome Powell, em eventos ao longo do dia, assim como de autoridades monetárias do Banco Central Europeu (BCE).
O tom positivo ainda reverbera nos índices futuros de ações de Nova York, mesmo após os fechamentos nas máximas em vários dias desta semana. A alta, contudo, é moderada, pois os investidores estão à espera de novos sinais da política monetária americana que poderão vir de comentários de dirigentes do Fed, inclusive de Jerome Powell. Essa expectativa ocorre após a decisão do banco central dos EUA de manter os juros no nível atual e voltar a sinalizar que a queda poderá começar em junho.
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Diante desta percepção, os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) caem, enquanto o dólar se fortalece em relação a várias moedas relevantes, como o euro. Alias a moeda dos países da União Europeia diminuiu a queda após o índice Ifo de sentimento das empresas alemãs subir mais do que o esperado.
Já a maioria das bolsas europeias sobe, ainda na esteira das vendas varejistas do Reino Unido e da afirmação do dirigente do BCE e presidente do BC da Alemanha, Joachim Nagel. Ele disse que é cada vez mais provável que a autoridade monetária reduza suas principais taxas de juros antes das férias de verão, que normalmente acontecem em agosto. E o BC russo manteve a taxa básica de juros em 16%.
No Brasil
O viés positivo visto no pré-mercado de ações em Nova York e a valorização de 1,50% do minério de ferro em Dalian, na China, podem ser insuficientes para animar o Ibovespa. Isso porque ainda tende a ecoar o desconforto dos investidores com a possibilidade de uma Selic terminal maior após a mudança do forward guidance (projeção utilizada para influenciar as expectativas do mercado) do Comitê de Política Monetária (Copom) no comunicado da reunião de março.
Além disso, há incertezas crescentes com o fiscal. Por isso, o mercado acompanhará com atenção a divulgação pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda do relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do primeiro bimestre, na tentativa de ver se será possível o cumprimento da meta de déficit zero neste ano.
Alias, a decisão do STF de anular o julgamento da ‘revisão da vida toda’ no INSS, que pode livrar a União de impacto de R$ 480 bilhões nas contas públicas pode ser um alento. Uma eventual pressão de alta nos juros futuros por incertezas internas pode ser amenizada por conta do recuo dos rendimentos dos Treasuries, enquanto o real pode sofrer em meio à alta do dólar no exterior
Agenda
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informa a confiança do consumidor (8h). Os Ministérios do Planejamento e da Fazenda divulgam relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do primeiro bimestre de 2024, às 10 horas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá três reuniões com ministros.
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Nos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, e diretores Michelle Bowman e Philip Jefferson participam do evento ‘Fed Listens’ (10h). Na Europa, o economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, participa de palestra sobre inflação e política monetária (14h).