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As notícias que impactaram o mercado no mês de outubro

Confira os assuntos que impactaram diferentes mercados no período

As notícias que impactaram o mercado no mês de outubro
Homens sentados acompanhando o pregão da B3 (FOTO:Divulgação)
  • Enquanto Ibovespa derrapou para baixo dos 110 mil pontos, retomando aos patamares vistos em em 2020, o S&P 500 e o Dow Jones renovaram suas máximas históricas diversas vezes ao longo do mês
  • Com a derrocada, agora o índice de ações brasileiro registra desvalorização de 13,04% no acumulado em 2021. Em contrapartida, o S&P 500 e o DJI acumulam altas de 22,65% 17,03%, respectivamente.
  • A moeda norte-americana encerrou o mês com alta de 3,57%, cotada a R$ 5,6377. O ponto mais crítico do mês para o dólar foi na sexta-feira (22), quando atingiu a marca dos R$ 5,75, logo após a debandada da equipe econômica do ministro Paulo Guedes

Outubro foi um mês de bastante discrepância da bolsa brasileira em relação aos pares norte-americanos. Enquanto o Ibovespa derrapou para a zona dos 103 mil pontos, o S&P 500 e o Dow Jones renovaram suas máximas históricas diversas vezes ao longo do mês.

Com a derrocada, o índice de ações brasileiro registra desvalorização de 13,04% no acumulado em 2021. Em contrapartida, o S&P 500 e o DJI acumulam altas de 22,65% 17,03%, respectivamente.

Confira os assuntos que mais mexeram com os mercados:

Bolsa Brasileira

Por aqui, o “Auxílio Brasil” e o descumprimento do teto de gastos preocupou o investidor. No dia 20 de outubro, o ministro da economia Paulo Guedes afirmou que o Governo deveria pedir autorização para “furar” o teto de gastos para financiar o programa social. O anúncio desabou o Ibovespa no dia seguinte.

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Para os analistas consultados pelo E-Investidor, a tentativa do Planalto de financiar o programa social, sem se preocupar com a situação fiscal, pode aumentar ainda mais a inflação, além de “ameaçar” o cumprimento do teto.

Além disso, na noite do dia 21 de outubro, os principais técnicos da equipe econômica de Paulo Guedes pediram exoneração do cargo por conta do eventual rompimento do teto de gastos. Deixaram seus cargos: o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jefferson Bittencourt, os secretários adjunto e especial adjunto do Tesouro, Rafael Araújo e Gildenora Dantas, além do secretário de petróleo e gás natural do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho.

Bolsa Americana

Em contraste com o Ibovespa, o mês de outubro foi proveitoso para os índices norte-americanos, com o S&P 500 e o Dow Jones, renovando sucessivamente suas máximas históricas ao longo do período.

O mais recente rompimento aconteceu na terça-feira (26), quando o DJI e o S&P atingiram os 35.892,89 e 4.598,36, respectivamente. Outra notícia que mexeu com o mercado ocorreu na segunda-feira (25), com a montadora de veículos elétricos Tesla atingindo o valor de mercado de US$ 1 trilhão, juntando-se a outras companhias como Apple, Microsoft, Google e Facebook.

Na data, as ações da empresa de Elon Musk obtiveram uma valorização de 12,66%, impulsionadas pela notícia de que a companhia conquistou a maior encomenda até agora, feita pela locadora de carros Hertz.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou o mês com alta de 3,57%, cotada a R$ 5,6377. O ponto mais crítico de outubro para o dólar ocorreu na sexta-feira (22), quando a moeda atingiu a marca dos R$ 5,75, logo após a debandada da equipe econômica do ministro Paulo Guedes e com as especulações de que ele poderia deixar o cargo.

Inclusive, o último Boletim Focus do Banco Central, divulgado no dia 25 de outubro, trouxe alterações para o cenário da moeda norte-americana em 2021 e 2022. A mediana das expectativas para o câmbio para o fim deste ano passou de R$ 5,25 para R$ 5,45, ante R$ 5,20 de um mês atrás. Para 2022, a estimativa para o câmbio também subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45 e de R$ 5,24 há quatro semanas.

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O motivo da revisão nas projeções foram as manobras propostas pelo governo que furam o teto de gastos para bancar o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400, o que geraria uma deterioração econômica por conta da perda de credibilidade da âncora fiscal.

Nova Selic e a renda fixa

Na quarta-feira (27), o Comitê de Política Monetária (COPOM) elevou a taxa básica de juros Selic em 1,5 ponto porcentual, de 6,25% ao ano para 7,75%. De acordo com o BC, apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que “recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevaram o risco de desancoragem das expectativas de inflação, aumentando a assimetria altista no balanço de riscos”. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico.

O aumento da taxa de juros trouxe novos ares à renda fixa e agora já é possível encontrar títulos do governo que pagam quase 1% ao mês. Como, por exemplo, os títulos: Tesouro prefixado 2024 (12,33% a.a), Tesouro Prefixado 2026 (12,21% a.a) e o Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 (12,12% a.a).

Criptomoedas

No dia 19 de outubro, os EUA entraram para a história ao aprovarem o primeiro ETF de futuros de bitcoin, o ProShares Bitcoin Strategy ETF. Em seu primeiro pregão, o BITO registrou alta de 2,59%. Segundo informações da Bloomberg, o ativo estreou como o segundo fundo mais negociado em um lançamento, movimentando R$ 1,4 bilhão em apenas meia hora.

A demanda pelo produto foi responsável por levar o bitcoin a renovar sua máxima histórica na quarta-feira (20). Na data, a criptomoeda alcançou a marca dos US$ 66,930.39, o equivalente a R$ 373.525,12 na cotação atual.

Dois dias depois, na sexta-feira (22), estreou o segundo ETF de futuros de bitcoin, o Valkyrie Bitcoin Strategy, na Nasdaq, sob o ticker BTF.

*Com Reuters

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