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Ranking mundial de dividendos bate recorde no 2º tri; veja lista das maiores pagadoras

Distribuição total de US$ 606,1 bilhões entre abril, maio e junho. Trata-se de um aumento anual de 5,8%

Ranking mundial de dividendos bate recorde no 2º tri; veja lista das maiores pagadoras
Depois de trimestres fora do destaque, estatal volta ao posto de uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo. (Foto: Wilton Junior/Estadão)
  • A Petrobras (PETR4) voltou ao posto de uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo, depois de um período fora do destaque global
  • Somente no 2º trimestre de 2024, foram US$ 4,1 bilhões, o suficiente para colocar a companhia brasileira na 13ª posição do ranking da 43ª edição do Índice Global de Dividendos da Janus Henderson
  • Pagamento global bateu recorde, puxado por desempenho na Europa. Veja as 20 maiores pagadoras de dividendos do mundo

O pagamento de dividendos bateu recorde pelo mundo no 2T24, com uma distribuição total de US$ 606,1 bilhões entre abril, maio e junho. Trata-se de um aumento de 5,8% na base nominal. Não fosse o impacto causado pelas variações de câmbio, em uma base subjacente o crescimento seria de 8,2%. É o que indica o anking da 43ª edição do Índice Global de Dividendos da Janus Henderson, divulgada nesta terça-feira (10)

Segundo a Janus, 92% das empresas em todo o mundo aumentaram os dividendos ou os mantiveram estáveis.

A Petrobras (PETR4) voltou à lista de uma das maiores pagadoras de dividendos do mundo, depois de um período fora do ranking global. Somente no 2º trimestre de 2024, foram US$ 4,1 bilhões distribuídos pela estatal, o suficiente para colocar a companhia brasileira na 13ª posição do . A estatal é a única petroleira no Top 20.

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Como mostramos em edições anteriores da pesquisa, a Petrobras chegou a liderar o pagamento global de dividendos no 2º trimestre de 2022. Depois, em 2023, caiu mais de 20 posições e o ranking deixou de incluir empresas brasileiras. Agora, volta a aparecer em uma posição de destaque.

Veja o ranking referente ao 2T24 completo:

Companhias da Europa registram recordes de dividendos

Nos pagamentos globais de dividendos os mercados emergentes foram impulsionados justamente pelas empresas petrolíferas do Brasil, Colômbia e Tailândia.

Quem domina a 43ª edição do estudo são as companhias da Europa, que registraram pagamentos recordes de US$ 204,6 bilhões, com aumento de 7,7% em relação ao mesmo período de 2023. Os mercados da França, Itália, Suíça e Espanha anotaram dividendos recordes, e mais da metade do crescimento dos proventos europeus vieram de bancos, que estão se beneficiando do ambiente de taxas de juros mais altas.

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Na direção contrária, a Alemanha chama atenção pela queda. Por lá, o corte nos pagamentos realizados pela farmacêutica Bayer levou as empresas alemãs a uma queda de 1,2% na distribuição de proventos.

Nos Estados Unidos, os dividendos aumentaram 8,6% em relação ao mesmo período de 2023, em função do primeiro pagamento realizado por Meta e Alphabet, dona do Google, no trimestre.

Os resultados do 2T24 levaram a Janus Henderson a atualizar sua previsão para o pagamento anual de 2024. A gestora espera agora que as empresas de todo o mundo distribuam um recorde de US$ 1,74 trilhão no acumulado do ano, um valor que, se concretizado, representará um aumento de 6,4% em comparação com 2023 em base subjacente.

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Jane Shoemake, gerente de portfólio de clientes do time Global Equity Income na Janus destaca que já havia “expectativas otimistas para o segundo trimestre” e que o quadro foi “ainda mais brilhante do que prevíamos, graças à força da Europa, dos EUA, do Canadá e do Japão.” Um sinal de que as economias globais estão, de modo geral, suportando bem o ambiente de juros mais elevados.

“O início do pagamento de dividendos das grandes empresas de tecnologia e mídia dos EUA, como Meta e Alphabet, juntamente com a chinesa Alibaba, entre outras, é um sinal realmente positivo que impulsionará o crescimento dos proventos”, destaca Shoemake.

“Essas empresas estão seguindo um caminho bem trilhado pelos setores em crescimento nos últimos dois séculos, atingindo um ponto de maturidade em que os dividendos são um caminho natural para o retorno do excedente de caixa aos acionistas”, acrescenta a gerente de portfólio.

“O pagamento de dividendos também ampliará seu apelo aos investidores, para os quais os proventos são uma parte vital de sua estratégia de investimento, e também poderá incentivar mais empresas a seguir o exemplo”, conclui Shoemake ao comentar o ranking em que a Petrobras aparece entre as principais empresas do mundo.

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