O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (28) em queda de 0,35%, aos 104.109,07 pontos e com giro financeiro de R$ 26,7 bilhões. Apesar do resultado menos negativo do CAGED em junho ter realimentado as expectativas de uma retomada econômica mais forte para o País, o clima de cautela no exterior com a decisão de política monetária do FED pressionou o índice para baixo.
No outro lado do Atlântico, as bolsas da Europa também seguiram a tendência de queda, com os investidores monitorando a disseminação da covid-19 em vários países. O cenário de incertezas fez com que a cotação do ouro caminhasse para a marca histórica de US$2 mil a onça-troy.
Seguindo o viés de queda do índice, os papéis que tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa são Cielo (CIEL3), BTG (BPAC11) e Weg (WEGE3).
As ações da Cielo terminaram em baixa de 2,29%, aos R$ 5,12, com o mercado de olho na divulgação dos balanços da companhia, que serão divulgados entre o fechamento de hoje e amanhã. A companhia fez recentemente parceria com o Facebook, para lançar uma solução de pagamentos pelo Whatsapp.
No encerramento do pregão, a companhia apresentou seu primeiro prejuízo trimestral na história.
BTG (BPAC11): -3,24%
Os papéis do banco BTG Pactual, que vinham se valorizando fortemente nos últimos meses, sofreram baixas nesta terça-feira e finalizaram o pregão cotados em R$84,87. A queda foi motivada pela rotação de portfólios, com investidores buscando alocar portfólio em grandes bancos. “Se pegarmos os múltiplos históricos, o setor [grandes bancos] está muito barato. Muita gente está vendo isso e aproveitando para comprar antes dos resultados”, afirmou Gabriel Machado, analista da Necton, ao Broadcast.
Weg (WEGE3): -3,95%
A multinacional Weg ocupou o último lugar entre as baixas. Com as ações cotadas em R$ 67,19, os papéis terminaram o pregão caindo 3,95% em um movimento de realização de lucros. De acordo com especialistas, os papéis da empresa podem estar sobrevalorizados, apesar dos bons resultados apresentados nos últimos trimestres.