- O principal índice de ações da B3 terminou o período aos 118.893,84 pontos, com alta mensal de 1,94%
- As ações da BRF, Eneva, Qualicorp, BB Seguridade e Cielo tiveram as maiores baixas do Ibovespa no mês
O quarto mês do ano foi de fortes emoções. O Ibovespa chegou a se manter no patamar de 120 mil pontos entre os dias 14 a 20 de abril, mas logo depois passou a oscilar. No final, o principal índice de ações da B3 terminou o período aos 118.893,84 pontos, com alta mensal de 1,94%. Entre os fatores que puxaram o indicador para cima, está o bom momento do setor de commodities e exportadoras na Bolsa, que surfam no aumento da demanda por insumos.
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O avanço de alguns impasses que preocupavam os investidores há semanas também aliviou o peso sobre o Ibov. Um dos exemplos é sanção presidencial do Orçamento de 2021. Por outro lado, os rumos da CPI da Covid que busca investigar possíveis irregularidades do governo em relação à condução da pandemia do coronavírus adicionam alguma insegurança ao mercado.
Fora as questões políticas, o movimento de fusões e aquisições de varejistas balançou o noticiário. No meio dessa conjuntura, as ações da BRF (BRFS3), Eneva (ENEV3), Qualicorp (QUAL3), BB Seguridade (BBSE3) e Cielo (CIEL3) tiveram as maiores baixas do Ibovespa no mês. Os dados são da consultoria Economatica Brasil.
BRF (BRFS3): -16,97%, R$ 20,79
Os papéis da BRF terminaram o mês de abril em baixa de 16,97%, aos R$ 20,79. O principal motivo da queda foi o boom das commodities que encareceram os custos para a companhia, produtora de frango. “A BRF apanhou também por conta do preço do boi gordo, somada à queda do dólar”, destaca Goulart.
Eneva (ENEV3): -12,22%, R$ 14,67
A companhia de energia Eneva ocupa o lugar de segunda maior baixa em abril. A queda foi de 12,22%, aos R$ 14,67. A notícia da venda da participação do BTG Pactual na empresa abalou a confiança dos investidores, puxando os papéis para baixo.
Qualicorp (QUAL3): -10,41%, R$ 27,05
As ações da Qualicorp caíram 10,41% no mês, para R$ 27,05, com os investidores repercutindo os resultados para o 4º trimestre de 2020. “Teve resultados bons mas abaixo do esperado, com alguns prejuízos pontuais e custos não recorrentes (contratação de consultoria, pacote de saída de um executivo). Nada muito preocupante, mas o mercado nao reagiu bem”, ressalta Goulart.
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A companhia registrou lucro líquido de R$ 67,6 milhões no período, em um salto de 12,4% em relação ao resultado registrado um ano antes, de R$ 60,1 milhões. No acumulado de 2020, o lucro foi de R$ 392,1 milhões.
BB Seguridade (BBSE3): -7,63%, R$ 22,33
Os resultados financeiros de 2020 também motivaram a queda nos papéis da BB Seguridade. A seguradora registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões. Em comparação a 2019, o montante representa uma queda de 10%.
“Foi resultado da divulgação de uma queda no lucro no 4T20, somada à situação de ser uma subsidiaria do BB”, afirma Goulart. “Ela ainda tem prestígio, e uma boa perspectiva com a subida dos juros, mas o investidor puniu um pouco a empresa.”
Cielo (CIEL3): -7,53%, R$ 3,45
Em último lugar no ranking das cinco maiores quedas, os papéis da Cielo desvalorizaram 7,53%, para R$ 3,45. A queda veio apesar de notícias positivas no início de abril, envolvendo a autorização do Banco Central para pagamentos via WhatsApp. Entretanto, os resultados abaixo do esperado para os lucros (com exclusão das receitas não recorrentes), afetaram o humor dos investidores em relação aos papéis.