

O Ibovespa subiu 1,97% na semana, passando de 125.517,27 pontos para 128.184,91 pontos, nível em que o índice de referência da B3 não chegava desde 2021.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,77%, 0,38% e 2,42%, respectivamente.
O bom humor dos mercados mundiais em novembro foi impulsionado pelo arrefecimento da curva de juros futuros nos Estados Unidos e também no Brasil. Já dezembro começou nesta sexta (1º), com analistas e investidores de olho nas expectativas dos dados macroeconômicos e corporativos.
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Nos Estados Unidos, o mercado vai focar no relatório Payroll, um dado importante que mostra o desempenho do mercado de trabalho na maior economia do mundo e que tem o poder de influenciar a direção da política monetária do Federal Reserve e pautar o tom do comunicado após decisão do FED sobre as taxas de juros.
No Brasil, o foco será o comunicado do Copom, que se reúne na semana do dia 12, com as apostas no corte de mais 0,50 ponto percentual.
Nesta sexta-feira (1), o foco ficou no discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, falando que vê um caminho possível para retornar a inflação dos Estados Unidos à meta de 2% sem impor perdas significativas no nível de emprego. A declaração é um indicativo do que o mercado chama de “pouso suave”, processo que ocorre quando a inflação é reduzida com o menor custo possível para a sociedade.
O dólar e o euro caíram 0,34% e 1,04% frente ao real na semana, atingindo os R$ 4,88 e R$ 5,31, respectivamente.
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As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Braskem (BRKM5), 3R Petroleum (RRRP3) e Klabin (KLBN11).
Confira o que influenciou o desempenho dos ativos:
Braskem (BRKM5): -10,89%, R$ 18,01
O iminente colapso de uma mina de sal localizada em Maceió, em Alagoas, pode impactar significativamente os fluxos de caixa da Braskem e pressionar os seus ratings, alertou a Fitch Ratings.
No momento, as consequências de um potencial incidente ainda são incertas, mas os efeitos sobre seu valor de mercado foram imediatos. A empresa registrou a maior queda da semana (10,89%), fechando a sexta (1º) a R$ 18,01.
A BRKM5 está em baixa de 5,85% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,2%.
3R Petroleum (RRRP3): -8,41%, R$ 29,4
Os preços do petróleo operaram em queda diante da contínua preocupação sobre a capacidade da Opep+ de entregar os cortes voluntários de oferta anunciados na quinta (30), mesmo em um momento de desaceleração da economia global. 3R Petroleum figurou em destaque na lista das maiores baixas do índice, penalizada pela queda do dólar.
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A RRRP3 está em baixa de 1,93% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 20,88%.
Klabin (KLBN11): -7,8%, R$ 21,16
A Klabin (KLBN11), uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo, anunciou na quinta-feira (30) que investirá R$ 9 bilhões entre os anos de 2023 e 2024. O valor será dividido igualmente nos dois anos, com R$ 4,5 bilhões em cada. O mercado ficou com o pé atrás e penalizou a empresa, que caiu 7,8% a R$ 21,16.
A KLBN11 está em baixa de 6,25% no mês. No ano, acumula uma valorização de 12,02%.
*Com Estadão Conteúdo