No mercado à vista, o dólar fechou cotado a R$ 5,1966 na B3 no último dia de março (31). Nesta quarta (1º), a moeda abria em alta de 3,7% às 10h36, chegando a R$ 5,24.
Na visão de Marcos de Callis, estrategista da Hieron Patrimônio Familiar e Investimentos, o cenário de pandemia da covid-19 afeta principalmente os países exportadores de commodities. “Não é só o Brasil, países como o México, a Noruega e a Rússia são impactados pela baixa do preço do petróleo. O dólar da Austrália (-13,23%) e o dólar da Nova Zelândia (-12,20%) também sofreram desvalorização”, diz Callis.
Mas no ano de 2020 até 31 de março, o real se mantém como a moeda mais desvalorizada entre os principais países emergentes (-22,62%), seguido pelo rand da África do Sul (-21,67%), rublo da Rússia (-20,82%), peso mexicano (-20,08%), peso colombiano (-19,2%), rúpia da Indonésia (-14,98%), peso chileno (-12,09%), florim húngaro (-10,38%) e lira turca (-8,74%).
“Há bastante tempo, a moeda brasileira deixou de ser utilizada para carry-trade. O Banco Central segue cortando os juros, e talvez, possa cortar ainda mais os juros na próxima reunião do Copom. Com essa crise, decorrente da restrição de atividades, mesmo com toda essa pressão do câmbio, não há inflação”, afirma Callis.