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Real é a quarta moeda mais desvalorizada em março

Dólar Ptax- a média apurada pelo Banco Central -subiu 15,5% no mês passado

Real é a quarta moeda mais desvalorizada em março
Entender o que é câmbio é essencial para quem deseja trabalhar utilizando alguma moeda estrangeira. Foto: JF Diorio/ Estadão
  • Moeda brasileira teve queda de 14,15% em relação ao dólar
  • Apenas peso mexicano, coroa norueguesa e rublo russo foram piores que o real
  • Dólar saiu de R$ 4,4987 em 28 de fevereiro para R$ 5,1987 no fim de março

Entre as principais economias emergentes, o real foi a quarta moeda que mais se desvalorizou no mês de março, com queda de 14,15% em relação ao dólar. O peso mexicano enfrentou desvalorização de 17,03%, seguida pela coroa norueguesa (-16,20%) e o rublo russo (-14,56%). Pela média calculada pelo Banco Central (Ptax), o dólar saiu do valor de R$ 4,4987 em 28 de fevereiro para R$ 5,1987 no fechamento desta terça-feira, 31 de março, uma alta de 15,5% no período.

No mercado à vista, o dólar fechou cotado a R$ 5,1966 na B3 no último dia de março (31). Nesta quarta (1º), a moeda abria em alta de 3,7% às 10h36, chegando a R$ 5,24.

Na visão de Marcos de Callis, estrategista da Hieron Patrimônio Familiar e Investimentos, o cenário de pandemia da covid-19 afeta principalmente os países exportadores de commodities. “Não é só o Brasil, países como o México, a Noruega e a Rússia são impactados pela baixa do preço do petróleo. O dólar da Austrália (-13,23%) e o dólar da Nova Zelândia (-12,20%) também sofreram desvalorização”, diz Callis.

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Mas no ano de 2020 até 31 de março, o real se mantém como a moeda mais desvalorizada entre os principais países emergentes (-22,62%), seguido pelo rand da África do Sul (-21,67%), rublo da Rússia (-20,82%), peso mexicano (-20,08%), peso colombiano (-19,2%), rúpia da Indonésia (-14,98%), peso chileno (-12,09%), florim húngaro (-10,38%) e lira turca (-8,74%).

“Há bastante tempo, a moeda brasileira deixou de ser utilizada para carry-trade. O Banco Central segue cortando os juros, e talvez, possa cortar ainda mais os juros na próxima reunião do Copom. Com essa crise, decorrente da restrição de atividades, mesmo com toda essa pressão do câmbio, não há inflação”, afirma Callis.

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