- Quais são as empresas do setor de saúde listadas na Bolsa de Valores do Brasil que podem se destacar no pós-coronavírus
- As vendas de farmácia se mostram resilientes, inclusive com um pico de demanda no início das restrições sociais
O setor de saúde é o que mais chama a atenção do investidor desde que o coronavírus passou a conduzir a economia global. Todos estão de olho nas empresas que podem descobrir a vacina para a covid-19 ou nos personagens que se destacam na luta contra o vírus, como Bill Gates. Por isso, o comportamento das ações dessas empresas é tão sensível a qualquer anúncio de um avanço nas pesquisas.
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Mas quais são as empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil que podem se destacar no pós-coronavírus? A Ágora Investimentos fez um Relatório Especial (a versão completa está aqui) e estes são os destaques do setor de saúde:
Podemos dividir o setor de saúde da nossa cobertura em três principais segmentos:
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i) serviços médicos/hospitalares;
ii) diagnósticos; e
iii) varejo farmacêutico.
Como visto no gráfico ao lado, com dados de consumo via Cielo, as vendas de farmácia se mostram resilientes, inclusive com um pico de demanda no início das restrições sociais no final do mês de março, o que indica maior resiliência nas vendas das empresas RD (RADL3), Dimed (PNVL3) e Hypera (HYPE3).
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Por outro lado, as empresas de diagnóstico devem sofrer mais. O volume de exames de diagnóstico em geral diminuiu significativamente, -40 / 50% desde a segunda semana de março, uma vez que: (i) os médicos das clínicas reduziram o horário de trabalho ou até deixaram de trabalhar; (ii) os pacientes adiaram os exames devido a preocupações de serem infectados durante um tratamento medico. O volume de exames provavelmente deve ter se deteriorado ainda mais em abril, principalmente em São Paulo, nos tornando mais cautelosos com o Fleury (FLRY3).
Acreditamos que os players verticais, tais como o Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI3) e Hapvida (HAPV3), terão a melhor posição relativa no setor com base em menores MLRs (taxa de sinistralidade) em 2020 (excluindo impactos de M&A) devido ao adiamento de cirurgias eletivas. E devem, também, continuar a ganhar participação de mercado, apesar de possíveis reduções no número de planos privados de saúde.
De um lado, a maior taxa de desemprego potencial do Brasil deve afetar as taxas de inadimplência e as adições líquidas da Qualicorp (QUAL3). Por outro lado, qualquer pessoa que possa pagar um plano de saúde deverá ter um, mesmo que perca o emprego, o que poderia beneficiar a empresa no curto prazo.
Principais recomendações no setor: Dimed ON (PNVL3), Qualicorp ON (QUAL3), Notre Dame Intermédica (GNDI3) e Hapvida (HAPV3).