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Vale (VALE3) comenta notícia sobre aquisição da mineradora Bamin; entenda o caso

Colunista disse que empresa está sendo pressionada por alas do governo brasileiro para adquirir mineradora endividada

Vale (VALE3) comenta notícia sobre aquisição da mineradora Bamin; entenda o caso
Vale (VALE3). (Foto: Fabio Motta/Estadão)
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  • Bamin, sediada na Bahia, pertence a um grupo do Cazaquistão
  • Proposta, segundo o colunista, é que a Vale assuma o controle da mineradora
  • Nível de endividamento da mineradora baiana aumenta especulação

A Vale (VALE3) afirmou, em comunicado divulgado ao mercado nesta segunda-feira (8), que a participação potencial da empresa em operações de aquisição, desinvestimentos, parcerias ou outras oportunidades de negócios é avaliada com base em suas prioridades estratégicas. “Nesse tema, a companhia reitera que avalia oportunidades com frequência e que não há qualquer informação relevante a divulgar ao mercado como resultado dessa prospecção no momento”, diz a mineradora.

No domingo (7), o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, disse que um setor do governo federal está pressionando a Vale a adquirir a mineradora Bamin, que está altamente endividada. A Bamin, sediada na Bahia, pertence a um grupo do Cazaquistão. A proposta, segundo o colunista, é que a Vale assuma o controle da mineradora, tendo como sócios o BNDESPar e a Cedro, empresa do empresário mineiro Lucas Kallas.

Jardim afirma ainda que a área de fusões e aquisições (M&A) da Vale está analisando o negócio, mas, conforme ele, a transação ainda não foi submetida ao conselho, que é a instância responsável por aprovar a aquisição. “A Companhia também reitera que seguirá mantendo o mercado informado sobre qualquer fato relevante a respeito de tais operações”, conclui a Vale.

Bamin: prejuízo de R$ 30 milhões aumenta ruído de venda de ações à Vale

A Bamin, empresa responsável pela mineração de ferro em Caetité, na Bahia, e que possui a concessão para a construção e operação da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1), registrou ano passado um prejuízo de R$ 30,9 milhões, conforme o balanço anual divulgado em abril deste ano.

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A Bamin, que apresenta um alto grau de endividamento de R$ 2,5 bilhões, sendo 94% desse valor referente a empréstimos, justifica provavelmente esse endividamento de longo prazo (passivo não circulante) pelas necessidades de financiamento para sustentar suas operações na produção da jazida de ferro.

O balanço da Bamin é consolidado, abrangendo tanto o projeto Pedra de Ferro quanto sua subsidiária, a Bahia Ferrovia, que detém a concessão onerosa para a construção e operação do trecho 1 da Fiol – Ferrovia Oeste-Leste.

O prejuízo indicando a necessidade de aporte de capital pode ser a origem das notícias e especulações no mercado sobre a possível venda de ações da empresa para a mineradora Vale.