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Como a XP vê o resultado de 6 construtoras no 3º trimestre? Confira

Relatório faz uma análise de Cyrela, EZTec, Moura Dubeux, Plano&Plano, Tenda e Trisul após companhias anunciarem balanços

Como a XP vê o resultado de 6 construtoras no 3º trimestre? Confira
Imagem de empreendimento imobiliário da Cyrela . Foto: Perspectiva/Cyrela
O que este conteúdo fez por você?
  • EZTec tem queda na receita e na margem bruta, resultando em um lucro líquido fraco, abaixo das estimativas da XP.
  • Moura Dubeux se destaca pela alta margem bruta, impulsionada pelo segmento de condomínios, e tem lucro líquido em linha com as estimativas da XP

A XP analisou os resultados do terceiro trimestre de 2023 de seis construtoras: Cyrela, EZTec, Moura Dubeux, Plano&Plano, Tenda e Trisul. O relatório destaca os pontos positivos e negativos de cada companhia, com base em indicadores como receita, margem bruta, geração de caixa e lucro líquido.

Na visão da XP, a Cyrela foi a empresa que teve o melhor desempenho, com uma receita resiliente e uma margem bruta em forte crescimento. A Moura Dubeux também se destacou pela alta margem bruta, impulsionada pelo segmento de condomínios.

A Plano&Plano mostrou um crescimento robusto da receita e uma boa geração de caixa, mas teve uma queda na margem bruta. A EZTec foi a empresa que teve o pior desempenho, na visão dos analistas, com uma queda na receita e na margem bruta, resultando em um lucro líquido fraco.

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Confira a seguir os pontos destacados pelo relatório assinado pelos analistas da XP Ygor Altero e Ruan Argenton:

Cyrela (CYRE3)

A Cyrela registrou um lucro líquido de R$ 1,63 bilhão, ligeiramente acima das estimativas da XP, impulsionado por um excelente desempenho operacional, com vendas líquidas estáveis e reconhecimento de receitas.

A empresa aumentou sua margem bruta para 33,5%, superando as expectativas da XP, graças aos novos lançamentos com margens mais altas. A margem líquida também foi robusta, atingindo 15,5%.

A companhia conseguiu gerar caixa de R$ 7 milhões, mesmo com o aumento dos lançamentos, “mostrando sua capacidade de gestão financeira”.

Os analistas finalizam com recomendação de para o papel, reiterando sua preferência pela Cyrela no segmento de média/alta renda, num preço alvo de R$ 26 por ação.

EZTec (EZTC3)

A EZTec teve uma receita líquida de R$ 252 milhões, ligeiramente acima das estimativas da XP, mas com uma queda de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido às vendas líquidas fracas.

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A construtora teve uma margem bruta de 32,3%, abaixo das expectativas dos analistas da casa e com uma redução de 700 pontos-base em relação ao mesmo período do ano anterior, afetada pelo cancelamento de vendas do projeto Parque da Cidade, na Capital paulista.

A EZTec teve um lucro líquido de R$ 39 milhões, abaixo das estimativas da XP e com uma queda de 63% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a combinação de receita mais fraca e resultado financeiro abaixo do esperado.

A XP mantém uma visão neutra para a EZTec, explicada pelo cenário desafiador no segmento de média renda.

Moura Dubeux (MDNE3)

A Moura Dubeux teve uma receita líquida de R$ 302 milhões, em linha com as estimativas da XP, com um aumento de 43% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido às receitas de desenvolvimento e condomínios.

A companhia teve uma margem bruta de 36,5%, ligeiramente acima das estimativas dos analistas que assinam o relatório e com um aumento de 4,6 pontos porcentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, beneficiada pelo segmento de condomínios com custos mais baixos.

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A MDNE3 teve um lucro líquido de R$ 46 milhões, em linha com as estimativas da XP e com um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior, apesar de maiores despesas com demandas judiciais e vendas.

A XP tem uma avaliação positiva dos resultados da Moura Dubeux, reiterando sua recomendação de compra e um preço alvo de R$ 16,50 por ação.

Plano&Plano (PLPL3)

A empresa teve um desempenho robusto apesar da compressão da margem bruta. A Plano&Plano apresentou uma receita líquida de R$ 557 milhões, ligeiramente acima das estimativas da XP, com um crescimento de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido às vendas líquidas recordes e às vendas de estoque.

A companhia teve uma margem bruta de 32%, abaixo das estimativas dos analistas e com uma queda de 3,8 pontos porcentuais em relação ao trimestre anterior, impactada por descontos mais fortes nas vendas de estoque para aumentar a geração de caixa e a velocidade de vendas.

Também apresentou lucro líquido de R$ 76 milhões, acima das estimativas da XP, e com um aumento de 119% em relação ao mesmo período do ano anterior, beneficiado pela diluição das despesas administrativas.

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A empresa teve uma geração de caixa de R$ 107 milhões, aumentando significativamente em relação ao trimestre anterior, mostrando sua capacidade de financiar um forte volume de lançamentos à frente.

XP tem uma avaliação positiva dos resultados da Plano&Plano, reiterando sua recomendação de compra e um preço alvo de R$ 12,50 por ação.

Tenda (TEND3)

A análise da XP sobre a Tenda (TEND3) no terceiro trimestre de 2023 destaca resultados mistos, com a recuperação da margem bruta compensada por um lucro líquido fraco.

A margem bruta ajustada atingiu 24,1%, impulsionada por vendas de novos lançamentos com margens sólidas. Projetos mais antigos impactaram os resultados de curto prazo, mas a XP acredita que a combinação de aumento na margem bruta de novas vendas e controle de custos terá um impacto positivo no futuro.

O resultado líquido foi um ponto fraco, com um prejuízo de R$ 24 milhões, menor do que o esperado. A geração operacional de caixa foi de R$ 5 milhões e a alavancagem financeira melhorou para 13%, aliviando o cenário diante de mudanças nos níveis de covenant (alavancagem).

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A XP reitera uma visão neutra sobre a empresa, destacando a importância da venda recorrente da carteira de recebíveis e recursos da oferta de follow-on (oferta subsequente de ações) na redução da alavancagem financeira a curto prazo.

Trisul (TRIS3)

A XP analisou a Trisul (TRIS3) no terceiro trimestre, destacando um sólido desempenho da receita compensado por uma margem bruta sob pressão. A receita líquida atingiu R$253 milhões, em linha com as estimativas, suportada por vendas líquidas que aumentaram significativamente para R$ 264 milhões.

No entanto, a margem bruta foi o ponto negativo, pressionada em 23,1%, abaixo das estimativas da XP. A estratégia de precificação de estoques da Trisul, com descontos para aumentar o volume de vendas, impactou negativamente a margem bruta, apesar de impulsionar as vendas.

A  margem de backlog (receitas futuras), porém, atingiu 36,2%, indicando uma possível recuperação. A XP ressalta que a estratégia de preços de curto prazo da Trisul pode continuar a impactar negativamente a margem bruta.

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