O que este conteúdo fez por você?
- O lançamento do Pix e a chegada da Black Friday acontecem em datas próximas. A expectativa para compras on-line são altas
- O Pix, no entanto, não deve ser utilizado como o previsto, pois o adiamento do Pix Link fez com que alguns varejistas desistissem de oferecer o serviço
- Alguns e-commerces ainda vão oferecer o meio de pagamento, mas os consumidores devem ficar atentos para não cair em fraudes
A partir do dia 16 de novembro, todos os brasileiros poderão utilizar o Pix, novo meio de pagamentos e transferências bancárias do Banco Central (BC) que estará disponível 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, para realizar transações digitais e instantâneas.
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Em paralelo ao lançamento, no dia 27 de novembro, acontece a Black Friday, um dos dias mais aguardados do ano por lojistas e consumidores. Afinal, a data é marcada por um robusto volume de vendas para os estabelecimentos e ofertas de peso para os clientes.
Em 2020, no entanto, o evento deve ser diferente de anos anteriores, visto que a pandemia de coronavírus afetou a circulação das pessoas e também alterou alguns hábitos de consumo, fortalecendo as compras via e-commerce. Portanto, as expectativas são altas para as transações on-line durante o saldão de descontos.
A projeção inicial era de que o Pix fosse uma das ferramentas mais utilizadas na sexta-feira (27), mas o mercado mostra sinais de que ainda não está preparado para esse movimento.
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Adiamento do Pix Link desanimou
O Pix Link é uma das chaves que o serviço oferece, um link onde os clientes poderiam realizar pagamentos com apenas um clique. Contudo, a opção foi adiada pelo BC pelo temor de ataques de hackers que poderiam se aproveitar de falhas na segurança para benefício próprio.
Durante a Black Friday, portanto, estarão disponíveis apenas os pagamentos via QR Code e via código. Segundo Carlos Netto, CEO da Matera, empresa de soluções tecnológicas para meios de pagamentos, mais da metade das vendas dos grandes players do mercado brasileiro são feitas via celular.
Então, o uso do QR Code, por exemplo, é uma opção que ainda não é tão atrativa, pois o celular não consegue ler um código do próprio aparelho. Além disso, o outro método também não agrada, pois o cliente teria que sair do aplicativo ou site para entrar em sua conta bancária para finalizar o pedido.
Neste cenário, Netto explica que alguns dos cinco grandes e-commerces do País já estão desistindo de oferecer o Pix na data. “Vai ser uma experiência ruim para o cliente ter que percorrer esse caminho ”, diz o CEO da Matera.
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Com medo da solução se tornar uma dor de cabeça para os clientes, os varejistas devem deixar o novo serviço de lado para evitar queda nas vendas. “Quanto mais passos o consumidor precisa para fazer o check out, menor é a conversão”, diz Netto.
Cuidados devem ser tomados
Apesar do serviço não gerar o boom esperado nesta Black Friday, isso não significa que todos deixarão de oferecer a forma de pagamento. Diversas instituições financeiras estão se movimentando para entrar na preferência dos consumidores na hora de realizar as transações.
Esse é o caso do PicPay, por exemplo, que tem feito discussões com diversos parceiros lojistas para que o meio pagamento seja realizado através da própria fintech. “Faremos ações promocionais de estímulo ao uso do Pix”, diz Armando Areias, diretor de marketing do PicPay.
Mas o ambiente de compra exige cuidados e o consumidor precisa ficar atento para não cair em fraudes. Como se trata de uma modalidade de pagamento instantâneo, a transação via Pix é irreversível. Ou seja, a recomendação dos especialistas é não comprar de sites suspeitos e com reputação ruim. “Pesquisa antes e compre em lugares que você já tem confiança”, afirma Netto, da Matera.
Além disso, é importante conferir todos os dados na hora de transferir qualquer valor – mesmo se a loja for de confiança, já que ela pode ter sido hackeada. “Outra dica fundamental é não compartilhar senhas com ninguém”, reforça Areias.
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