- Elon Musk é considerado uma das figuras mais importantes, poderosas e controversas da atualidade
- Segundo a revista Forbes, o sul-africano naturalizado estadunidense tem patrimônio avaliado em US$ 241 bilhões e é considerado o homem mais rico do mundo
Elon Musk é considerado uma das figuras mais importantes, poderosas e controversas da atualidade. Ele é dono de negócios voltados para tecnologia como a montadora de carros elétricos Tesla e a rede social X (antigo Twitter).
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Segundo a revista Forbes, o sul-africano naturalizado estadunidense tem patrimônio avaliado em US$ 241 bilhões e é considerado o homem mais rico do mundo.
O empreendedor nasceu em 1971, em Pretória, capital da África do Sul, e foi o típico adolescente nerd: introvertido, grande leitor de ficção científica e fã de games. Musk veio de uma família financeiramente sólida. Seu pai, Errol Musk, também empreendedor e milionário, ficou rico antes dos 30 anos graças aos negócios no ramo de engenharia. Isso sugere que a afinidade do sul-africano com o empreendedorismo veio de berço.
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No entanto, a relação de pai e filho não é considerada saudável. Há relatos de abusos emocionais e financeiros cometidos pelo patriarca contra sua ex-mulher, a modelo e nutricionista Maye Musk, e o filho.
Futuro promissor
Com apenas 12 anos, Elon Musk aprendeu a programar sozinho e desenvolveu um jogo de computador, o “Blastar”, no qual o usuário controlava uma nave e deveria destruir um cargueiro alienígena. O game foi vendido posteriormente por US$ 500 para a revista “PC and Office Technology”. O curioso é que o jogo tem a temática espacial, um dos assuntos que hoje muito interessam o atual bilionário.
Qual a formação de Elon Musk?
Em 1989, aos 17 anos, o sul-africano mudou-se para o Canadá, onde iniciou os estudos na Queen’s University, em Kingston, Ontário. Dois anos mais tarde, foi para a Philadelphia, nos Estados Unidos, onde se formou em economia pela Wharton School, e em física pelo College of Arts and Sciences.
Como Elon Musk ficou rico?
Nos EUA, Musk criou seu primeiro negócio em parceria com Kimbal Musk, um dos seus irmãos. Era uma plataforma chamada Zip2, que tinha como objetivo oferecer a jornais on-line um guia de cidades baseado em informações na web. A companhia foi vendida por mais de US$ 300 milhões em 1999, quando Musk tinha somente 28 anos.
Com o valor, o empresário investiu em uma nova empreitada, a X.com, uma companhia de serviços financeiros on-line. Após a união com uma outra empresa, a Confinity, o projeto virou o que conhecemos hoje como PayPal.
Musk foi destituído da X.com em 2000. À época, ele era CEO e maior acionista do grupo. Mesmo fora do projeto, seguiu com ações na startup até 2002, quando o Ebay comprou a Paypal por US$1,5 bilhão, e Musk faturou US$ 165 milhões com a operação.
O curioso é que Musk parece ter uma ligação forte com o nome do grupo. Em 2017, ele recomprou o domínio X.com, que desde sua saída estava sob posse da Paypal. Não à toa, o nome foi escolhido para rebatizar o Twitter quando o empreendedor fez a compra da rede social.
Quando Elon Musk comprou o Twitter?
Após muitas polêmicas e críticas sobre o futuro da antiga“rede social do passarinho”, Elon Musk concretizou a compra do Twitter por US$ 44 bilhões em 2022. A operação teve início em abril e terminou em outubro do mesmo ano depois de aprovação do conselho de acionistas.
O bilionário sempre foi um crítico da plataforma por atribuir a ela uma suposta falta de liberdade de expressão aos seus usuários.
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Com a compra, ele afirmou não ter interesse em fazer uma fortuna, mas elevar a rede social a um patamar superior ao que se encontrava em termos de liberdade, democracia e transparência.
Vale ressaltar que o empresário é um usuário assíduo da rede social, na qual acumula quase 160 milhões de seguidores e costuma fazer piadas ácidas e comentários sobre assuntos variados, incluindo seus negócios.
SpaceX: sonho que virou realidade
Lembra do game ‘Blaster’, que o empresário criou ainda na adolescência? Ele materializou no ano 2000, com a criação da empresa Space Exploration Technologies, conhecida pelo nome fantasia SpaceX. Segundo Elon Musk, o objetivo principal era baratear os custos de viagens espaciais.
Os foguetes Falcon 1 e Falcon 9 foram lançados pela primeira vez em 2006 e 2010, respectivamente. Um ano mais tarde, em 2011, a SpaceX fez história ao se tornar a primeira empresa a vender um voo comercial à Lua.
Tesla
A Tesla Motors foi fundada em 2003 pelos engenheiros Martin Eberhard e Marc Tarpenning. Um ano mais tarde, a companhia pioneira na fabricação de carros eletrônicos passou a ter Musk como investidor. À época, o empresário injetou cerca de US$ 7,5 milhões na economia do grupo, e em 2008, virou seu CEO.
Naquele ano, os EUA passaram por uma grande crise econômica e por pouco a fabricante de carros e a SpaceX não faliram. O que salvou as empresas foi um investimento de US$40 milhões de dólares fechado por Musk.
Recentemente, durante o difícil cenário econômico provocado pela pandemia de Covid-19, as empresas do sul-africano seguiram dando lucro. Agora, passada a epidemia global, a Tesla tem valor de mercado superior a U$S 780 bilhões.
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No entanto, a empresa, que é vista como o futuro do setor automotivo, acumula algumas polêmicas em seu histórico. Funcionários da fábrica da Tesla em Freemont, na Califórnia, denunciaram a montadora por racismo, machismo, homofobia e capacitismo. Além de assédio sexual, intimidação, exploração de mão de obra estrangeira e até mesmo de roubo de direitos de imagem.
Para piorar o contexto de abusos, o funcionário que denunciava as situações que vivia ficava desacreditado no grupo e depois era desligado da empresa.
Neuralink e danos a macacos
Recentemente, em setembro de 2023, a empresa de implantes cerebrais Neuralink, que também pertence a Elon Musk, foi acusada de matar macacos após consequências em procedimentos realizados para colocar chips para testes da empresa. Segundo a revista americana Wired, alguns animais precisaram ser sacrificados.
O bilionário, no entanto, afirmou que, para minimizar os riscos, os macacos utilizados nas pesquisas já tinham doenças terminais.
Segundo o Physicians Committee for Responsible Medicine, uma ONG que luta contra testes em animais, o que ocorreu na Neuralink não é o que seu comandante diz. A instituição não-governamental afirma que documentos das cirurgias de implante cerebral foram analisados por pesquisadores da Califórnia. Os veterinários responsáveis constataram que diversos mamíferos tiveram sangramento, paralisia parcial e edemas cerebrais como efeitos colaterais aos testes.