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- Mais de uma década depois da crise financeira, órgãos reguladores estão assustados mais uma vez que algumas empresas no coração do sistema financeiro.
- “Estamos apenas no começo da mudança de paradigma, portanto precisamos assegurar que temos uma solução adequada”, disse um regulador financeiro de um país do G7.
- Bancos e empresas de tecnologia avaliam que o uso maior da computação em nuvem é bom para todos os lados porque resulta em serviços mais rápidos e mais baratos.
(Reuters) – Mais de uma década depois da crise financeira, órgãos reguladores estão preocupados com o fato de que algumas empresas no coração do sistema financeiro sejam grandes demais para falir. No entanto, elas não são bancos.
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Desta vez, são as gigantes de tecnologia, incluindo Google, Amazon e Microsoft, que hospedam operações bancárias, de seguros e mercados cada vez maiores em suas vastas plataformas de internet por nuvem, que estão impedindo que os órgãos supervisores durmam à noite.
Fontes de banco central disseram à Reuters que a velocidade e a escala com as quais instituições financeiras estão transferindo operações críticas, como sistemas de pagamento e internet banking, para a nuvem é uma mudança drástica aos potenciais riscos.
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“Estamos apenas no começo da mudança de paradigma, portanto precisamos assegurar que temos uma solução adequada”, disse um regulador financeiro de um país do G7.
É o último sinal de como reguladores financeiros estão se juntando a seus correspondentes em dados e concorrência para analisar mais de perto a influência global das Big Tech.
Bancos e empresas de tecnologia avaliam que o uso maior da computação em nuvem é bom para todos os lados porque resulta em serviços mais rápidos e mais baratos que são mais resistentes a hackers e interrupções.
Mas fontes regulatórias afirmam que têm medo que uma falha em uma empresa de nuvem possa derrubar serviços-chave em vários bancos e países, impedindo que consumidores façam pagamentos ou acessem serviços e minando a confiança no sistema financeiro.
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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, a União Europeia, o Banco da Inglaterra e o Banco da França estão entre as entidades que reforçam o escrutínio à tecnologia da nuvem para mitigar os riscos de bancos dependendo de pequenos grupos de empresas de tecnologias e empresas que ficam “presas” a um provedor de nuvem, ou excessivamente dependentes dele.
“Estamos muito alertas ao fato de que coisas vão falhar”, disse Simon McNamara, diretor-administrativo do banco britânico NatWest. “Se 10 organizações não estão preparadas e estão conectadas em um provedor que desaparece, então todos nós temos um problema.”
O Banco Central Europeu, que regula os maiores credores da zona do euro, informou que o gasto do banco em computação de nuvem cresceu em mais de 50% em 2019 em relação a 2018.
E esse é apenas o começo. O gasto de bancos com serviços de nuvem globalmente deve mais do que dobrar, para US$ 85 bilhões em 2025, de US$ 32,1 bilhões em 2020, segundo dados que a empresa de pesquisas em tecnologia IDC compartilhou com a Reuters.
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Reguladores temem que falhas na nuvem possam fazer com que sistemas bancários caiam e impeçam pessoas de acessar seu dinheiro, mas dizem que têm pouca visibilidade sobre os provedores de nuvens.
No mês passado, o Banco da Inglaterra afirmou que as grandes empresas de tecnologia poderiam ditar os termos e condições para empresas financeiras e não estavam fornecendo informações suficientes para que seus clientes monitorassem o risco – e que o “mistério” tinha que terminar.
Bancos e empresas de tecnologia contestam a indicação de que a adoção mais ampla da nuvem está tornando a infraestrutura do sistema financeiro inerentemente mais arriscado.