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Brainard, do Fed, afirma monitorar de perto riscos em cripto

Brainard destacou que há riscos nessas novas tecnologias, como de fraudes e manipulações

Brainard, do Fed, afirma monitorar de perto riscos em cripto
Foto: Envato Elements.

Por Gabriel Bueno da Costa – Vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Lael Brainard afirmou hoje que a volatilidade recente “expôs sérias vulnerabilidades no sistema financeiro cripto”. Em discurso, a autoridade argumentou pela necessidade de que a regulação abarque também as finanças dos criptoativos, que segundo ela estão suscetíveis aos mesmos riscos do setor financeiro tradicional.

Brainard destacou que há riscos nessas novas tecnologias, como de fraudes e manipulações. Entre eles, citou corridas contra um ativo, vendas rápidas, desalavancagem, a interconexão entre eles e o contágio, bem como fraude, manipulação e evasão fiscal. Segundo ela, a regulação “forte” não impedirá a inovação, mas permitirá a investidores e desenvolvedores construir uma “infraestrutura financeira nativa digital resiliente”. Isso ajudará bancos, provedores de pagamentos e companhias de tecnologia financeira a melhorar a experiência dos clientes, acertar pagamentos mais rápido, a reduzir custos e a permitir melhorias em produtos e customização.

Segundo Brainard, o Fed “monitora de perto eventos recentes” nos quais riscos do sistema de criptoativos ficaram evidentes, com muitos investidores sofrendo perdas. Apesar de “perdas significativas para investidores, o sistema financeiro cripto não parece ainda tão grande nem tão interconectado com o sistema financeiro tradicional para representar um risco sistêmico”, avaliou. Para ela, esse é o momento certo para apertar a regulação e evitar eventuais contágios adiante.

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Brainard citou casos recentes, como a perda de valor da TerraUSD, uma stablecoin algorítmica que, em tese, manteria valor atrelado ao dólar, mas perdeu esse piso. E também apontou que empréstimos descentralizados, que dependem de mais colateral como substituto para intermediação, podem acabar por amplificar estresses, ao criar ondas de liquidações quando os preços caem.