O que este conteúdo fez por você?
- A última coisa que alguém quer lidar em momentos de necessidade é tentar compilar listas de itens que perderam para submeter para pagamentos de seguro
- Tomar o tempo agora para inventariar seus pertences, antes que a tragédia aconteça, pode ir longe em dar-lhe paz de espírito caso o impensável aconteça
- Confira dicas de como omeçar um inventário de seus pertences e entender que tipo de apólice de seguro faz mais sentido para você
Incêndios florestais descontrolados queimaram quase 40.000 acres em Los Angeles na última semana. O oeste da Carolina do Norte viu milhares de casas devastadas por inundações após o furacão Helen em setembro de 2024. Mais de 2.200 casas em Maui foram reduzidas a cinzas em agosto de 2023. Um agrupamento de tornados em quatro estados destruiu milhares de casas no meio-oeste pouco antes do Natal de 2021.
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Estes são apenas alguns dos desastres naturais mais dolorosos impulsionados pelas mudanças climáticas que devastaram os EUA nos últimos anos. Estima-se que houve US$ 182,7 bilhões em danos em 2024 sozinho devido a desastres climáticos e meteorológicos, enquanto a conta em 2022 foi de US$ 183,6 bilhões.
As tragédias não terminam uma vez que os desastres passam. “Após os incêndios de Kincade em 2019, não havia energia elétrica em nosso bairro. Fomos subsequentemente saqueados e vandalizados na semana seguinte, então nossa montanha-russa emocional começou com múltiplos incidentes e reivindicações de seguro,” diz Mike Yurochko, CEO da Loti. “Foi o evento mais devastador que nossa família já experimentou.”
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Muitas pessoas assumem que isso nunca acontecerá com elas, deixando-as despreparadas quando o desastre acontece. No rescaldo de eventos como este, a última coisa que alguém quer lidar é tentar compilar listas de itens que perderam para submeter para pagamentos de seguro.
Tomar o tempo agora para inventariar seus pertences, antes que a tragédia aconteça, pode ir longe em dar-lhe paz de espírito caso o impensável aconteça.
Primeiro entenda a cobertura de seguro que você tem hoje
Antes de começar um inventário de seus pertences, leia sua apólice de seguro para ver que tipo de cobertura você tem hoje.
Stephen Poux, EVP de Gerenciamento de Riscos na The Liberty Company Insurance Brokers aponta que apólices de seguro típicas de proprietários e locatários frequentemente excluem certos desastres naturais, como inundações e terremotos, necessitando cobertura adicional através de adendos ou apólices separadas. Ele também observa que itens de alto valor, como joias e arte fina, frequentemente requerem endossos adicionais para garantir que estejam totalmente cobertos.
Contate seu agente de seguros diretamente para confirmar sua cobertura. No evento de sua apólice cobrir substituições, existem diferentes métodos que os subscritores podem usar para determinar o que pagar. Políticas comuns incluem cobertura de custo de substituição e cobertura de valor em dinheiro real, bem como cobertura de valor declarado.
Cobertura de custo de substituição
Isso requer que o seguro substitua itens “igual por igual” quando possível. Quanto mais detalhados seus registros puderem ser, melhor. Isso é especialmente importante para itens colecionáveis e de alto valor; não liste apenas, “um conjunto completo da série de livros Mistborn,” quando o que você realmente possui é, “um conjunto de primeira edição, primeira impressão de livros Mistborn encadernados em couro assinados pelo autor.” Você odiaria acabar com um conjunto de livros de bolso baratos para substituir seus colecionáveis raros.
Cobertura de valor em dinheiro real
Esta cobertura geralmente tem prêmios mais baixos e fornecerá o valor em dinheiro de itens semelhantes baseado em seu valor no momento da perda. Em outras palavras, já que a maioria dos itens sofre depreciação devido ao desgaste, provavelmente você não receberia dinheiro suficiente para substituir sua mesa de cozinha sob medida por algo comparável e acabaria tendo que comprar uma alternativa mais barata.
Cobertura de valor declarado
Isso descreve uma quantia fixa pré-determinada a ser paga no evento de uma reivindicação.
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Se você só tem cobertura de valor em dinheiro real, suas anotações podem ser um pouco menos detalhadas já que você não necessariamente precisa se preocupar com todos os detalhes finos. Mas se você tem cobertura de custo de substituição, certifique-se de manter registro de tantos detalhes quanto possível para que sua seguradora possa encontrar itens de valor similar no futuro.
6 passos para documentar seus pertences pessoais
Aqui está um plano de seis passos para documentar os itens em sua casa. Yurochko trabalhou duro para aperfeiçoar essa abordagem nos anos desde que sua propriedade foi danificada por incêndios florestais, criando um guia de recuperação abrangente chamado Loti para beneficiar outros enfrentando perda extensiva de propriedade e as conversas subsequentes com seguradoras e ajustadores.
“Através de tudo isso, está claro que a maioria dos proprietários, incluindo eu mesmo, estão totalmente despreparados para desastres como esses,” ele diz. “Em geral, a coisa mais fácil para um proprietário fazer é gastar cerca de uma hora tirando fotos e fazendo upload delas para um serviço de nuvem como Google Drive ou Dropbox.”
Se organizar notas e dados não é o seu forte, existem ferramentas digitais que fornecerão uma estrutura sólida para o processo. Talvez a mais confiável venha diretamente da National Association of Insurance Commissioners (NAIC)—seu aplicativo Home Inventory irá guiá-lo por cada cômodo de sua casa, bem como ajudá-lo a iniciar uma reivindicação no futuro, se necessário.
1. Faça um tour pela sua casa e comece a construir uma lista
Pegue um tablet ou um smartphone, ou até mesmo apenas uma caneta e papel. Passeie por toda a sua casa e documente cada espaço. Não pare com o básico como sala de estar, cozinha e quarto. Tome nota de armários também, bem como espaços ao ar livre como quintais e galpões.
Uma vez que você tenha uma lista de cada espaço em sua casa, decida por onde gostaria de começar. A cozinha é fácil, já que você provavelmente já tem tudo armazenado em uma variedade de armários e gavetas. Use post-its para atribuir uma letra ou número a cada local de armazenamento até que você tenha uma lista abrangente de locais onde seus itens estão guardados. Então, comece a documentação.
2. Tire fotos e vídeo de seus pertences
Vamos continuar com a cozinha como exemplo. Comece tirando fotos do cômodo de diferentes ângulos para que você tenha um registro de como ele é como um todo. Depois faça um vídeo caminhando por todo o cômodo.
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Lauren Szerlip Dowling, uma corretora na World Insurance, recomenda narrar e enfatizar itens importantes ou raros. “Isso garante que seu valor financeiro seja bem documentado, facilitando contabilizá-los no evento de uma perda coberta,” ela diz.
Em seguida, registre itens em suas notas ou no aplicativo de sua escolha. Se você estiver sobrecarregado pela quantidade de itens no cômodo, foque em objetos de alto valor como os eletrodomésticos e móveis. Isso ajudará a garantir que seus itens de alto valor sejam contabilizados, em vez de se perder na minúcia de documentar coisas menores que seriam mais fáceis ou mais baratas de substituir.
3. Documente detalhes como números de série
Este passo é crucial para pessoas que têm cobertura de custo de substituição em suas apólices, mas é uma boa regra geral para todos. Registrar os números de modelo e série de seus eletrodomésticos, tecnologia, ferramentas e outros itens caros ajudará a garantir que você obtenha substituições semelhantes no futuro.
Você também deve tomar nota de qualquer coisa que torne seus itens únicos, como cores de edição limitada, se o item faz parte de um conjunto correspondente, ou de onde o item foi obtido se não for facilmente substituível.
Embora possa ser um processo tedioso, quanto mais detalhes você puder registrar sobre esses itens, melhores serão suas chances de um processo de reivindicação tranquilo.
4. Faça cópias de recibos e avaliações
Se você tem cópias físicas dos recibos de compras caras (como aqueles eletrodomésticos da cozinha), agora é a hora de registrar esses dados. Faça cópias e armazene-as com suas notas, tanto fisicamente quanto digitalmente, se possível.
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Se você tem itens que aumentaram de valor desde que você os comprou, você vai querer registros sobre seu valor atual. Considere obter uma avaliação em qualquer coisa que possa ser difícil de valorizar, como veículos antigos ou obras de arte.
5. Faça backup de seus dados em um local seguro
Uma vez que você tenha passado pelos passos acima para cada cômodo em sua casa, você deve ter uma lista abrangente de tudo o que possui. Agora, você vai querer garantir que está armazenado de forma segura e será facilmente acessível em caso de emergência.
“Eu guardo uma cópia desses documentos em um cofre à prova de fogo para acesso rápido durante uma reivindicação ou evacuação de emergência,” diz Dowling. “Eu também faço backup deles de forma segura na nuvem para garantir que permaneçam acessíveis mesmo se as cópias físicas forem perdidas ou destruídas.”
Vamos olhar para cada uma dessas opções com mais detalhes:
- Armazenamento na nuvem: Se você usou um aplicativo ou criou uma planilha para registrar seus itens, certifique-se de que essa informação está armazenada em múltiplos locais—sistemas digitais podem falhar e senhas podem ser perdidas, então é sábio manter múltiplos backups. Por exemplo, você pode usar um aplicativo como sua lista principal, mas também deve exportar os dados e armazená-los em um sistema de armazenamento na nuvem pessoal como Google Drive ou DropBox.
- Caixa de segurança: Para registros físicos, mantê-los no mesmo local que o inventário que você está tentando proteger é um pouco imprudente—se a casa for destruída, sua documentação também será. Considere obter uma caixa de segurança em um banco local para que suas cópias físicas sejam mantidas seguras no evento de uma emergência; apenas tenha em mente que você pode enfrentar a limitação de só poder acessar esses registros durante o horário comercial do banco.
- Um cofre em casa: Novamente, manter seus registros fora do local é geralmente melhor do que não. Mas se seu banco não tiver caixas disponíveis ou simplesmente não for uma opção viável, invista em um cofre que possa proteger seus documentos pessoais tanto de danos causados por fogo quanto por água. Apenas certifique-se de escolher um local para ele em sua casa onde não será fácil para ladrões em potencial alvejar.
6. Mantenha seus registros atualizados
Com o passar do tempo, é provável que você faça compras que exigirão a atualização de seus registros. Eletrodomésticos vão quebrar e precisarão ser substituídos, eletrônicos serão atualizados, e assim por diante. Faça um hábito de copiar recibos para compras importantes e substituir os antigos.
Uma maneira de garantir que você esteja atualizando esses registros regularmente é torná-lo parte do seu processo de preparação de impostos anual. Enquanto você reúne seus contracheques, formulários fiscais e outras informações financeiras, reserve um tempo e revise o inventário de sua casa do ano passado e atualizá-lo apropriadamente.
O que fazer quando o desastre acontece?
Muitas vezes gostamos de pensar que podemos manter as forças da natureza à distância com nossas barragens e sistemas de supressão de incêndios, mas a verdade é bem diferente. Como Ray Bradbury nos lembra no clássico Fahrenheit 451, “Quando esquecemos quão perto a selva está […] algum dia ela entrará e nos pegará pois teremos esquecido quão terrível e real ela pode ser.”
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A dura realidade é que inundações, tornados e outros desastres podem—e acontecem—a qualquer momento. De fato, em 2022, os departamentos de bombeiros nos Estados Unidos responderam a incêndios domésticos em média a cada 21 segundos. Documentar seus pertences domésticos pode ser uma tarefa demorada, mas no infeliz evento de que a informação seja necessária, você ficará feliz por ter feito o esforço.
Contate seu agente de seguros
Poux insta os proprietários de casas afetados a se colocarem em segurança primeiro, depois contatar sua companhia de seguros o mais rápido possível para informá-los sobre o que aconteceu.
Os passos exatos a seguir variarão por provedor, e seu agente será capaz de guiá-lo pelo melhor processo para sua situação única. No evento de um desastre natural generalizado, como os incêndios florestais de Los Angeles, contatá-los o mais rápido possível pode ajudar a garantir que você receba assistência antes que uma abundância de reivindicações seja feita.
Ele também aconselha que locais de desastre sejam seguramente protegidos após um evento danoso ter ocorrido. “Cubra janelas quebradas, buracos em telhados e outras áreas vulneráveis que possam estar expostas aos elementos. Isso não apenas protege a propriedade de danos adicionais, mas também auxilia no processo de reivindicação ao delinear o impacto inicial de qualquer dano subsequente.”
Solicite ajuda da FEMA
No evento de sua apólice de seguro não cobrir a extensão total dos danos à sua propriedade e pertences, você pode precisar contatar a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA). Esta agência tem vários programas que podem fornecer assistência adicional no evento de um desastre usando planos como o Programa de Indivíduos e Famílias (IHP).
No entanto, é importante notar que a assistência da FEMA nunca deve ser confiada como uma fonte primária de compensação. Programas como o IHP são destinados a assistir aqueles “afetados por desastre” que estão enfrentando “necessidades sérias,” e apenas ajudam a cobrir necessidades básicas em vez de substituir a propriedade pessoal de alguém. Os candidatos não podem solicitar assistência do IHP a menos que um estado de desastre tenha sido declarado.
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*Esta história foi originalmente publicada na Fortune.com (c.2024 Fortune Media IP Limited) e distribuída por The New York Times Licensing Group. O conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.
