

A proposta de reforma do Código Civil (PL 4/2025), atualmente em trâmite no Senado Federal, pode alterar as regras de herança no Brasil.
Publicidade
A proposta de reforma do Código Civil (PL 4/2025), atualmente em trâmite no Senado Federal, pode alterar as regras de herança no Brasil.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
O texto, de autoria do Senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG), retira os cônjuges da condição de herdeiro necessário e pode afetar pessoas casadas ou em união estável.
Segundo esta reportagem do E-Investidor, o título de herdeiro necessário é dado a quem tem direito a uma parte mínima da herança, ou seja, metade do patrimônio do falecido. Atualmente, também se encaixam nessa categoria os ascendentes – como pais, avós e bisavós – e os descendentes – como filhos, netos e bisnetos – da pessoa.
Publicidade
Já no que diz respeito à outra metade da herança, o patrimônio deve ser distribuído conforme a vontade expressa no testamento, ao contrário da parte legítima, que não pode ser retirada do herdeiro necessário, exceto em casos específicos.
Contudo, a reforma pode justamente tirar o cônjuge dos herdeiros necessários, segundo o artigo 1.845 do projeto: “São herdeiros necessários os descendentes e os ascendentes”, diz, sem citar os cônjuges, o que passa a tratar estas pessoas no rol de herdeiros facultativos.
Com isso, na hipótese de o falecido deixar descendentes ou ascendentes, o cônjuge não terá nenhum direito sucessório. Além disso, seja qual for o cenário familiar, qualquer pessoa poderá afastar o seu cônjuge da sucessão, afirma o Estadão.
Os efeitos da possível reforma no Código Civil variam conforme o regime do casamento. No caso da comunhão universal, não terá mudanças, já que nela, todos os bens adquiridos antes ou durante a união passam a pertencer a ambos os cônjuges em partes iguais. Veja como ficam as outras categorias:
Vale lembrar que o PL 4/2025 ainda é apenas um projeto. Ele precisa ser votado e pode sofrer alterações tanto na Câmara quanto no Senado, inclusive em pontos que tratam da herança.
Colaborou: Cecília Mayrink.
Publicidade
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador