Trabalhar para empresas internacionais deixou de ser exclusividade de expatriados ou profissionais com dupla cidadania. Cada vez mais brasileiros estão se tornando global workers, ou seja, trabalhadores que prestam serviços para empresas de fora do país, normalmente de forma remota.
Segundo o Relatório Husky Global Worker, 35,7% dos brasileiros que atuam nesse modelo afirmam que seu principal objetivo é aumentar a renda. Outros 23,6% buscam uma melhor qualidade de vida e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Mas afinal, o que é ser um global worker?
Global workers são profissionais que trabalham para empresas estrangeiras, sem a necessidade de se mudarem fisicamente para outro país. O modelo se tornou popular com o avanço do trabalho remoto e da digitalização das relações profissionais. Conectados à internet, esses profissionais podem atuar de casa ou de qualquer outro lugar.
Como se tornar um global worker?
O primeiro passo é a qualificação. Empresas internacionais buscam profissionais experientes, com domínio técnico e boa comunicação em inglês. Ter um portfólio atualizado, certificações na área de atuação e um bom networking são diferenciais importantes.
Além disso, é necessário compreender as regras culturais e operacionais das empresas estrangeiras, como horários, feriados, estilo de liderança e formas de comunicação.
As áreas com mais oportunidades são: Engenharia de Software; Tecnologia da Informação (TI); Produto; Marketing; Atendimento ao cliente; Recursos Humanos; e Vendas.
Confira algumas dicas para se tornar um global worker
Cadastre-se em plataformas como Upwork, Fiverr e Freelancer;
Pesquise as exigências fiscais e de visto de trabalho, caso deseje morar fora.
Quais as vantagens de ser um global worker?
O modelo global worker oferece uma série de vantagens que têm atraído cada vez mais brasileiros. Uma das principais é a flexibilidade de horários, em muitas empresas estrangeiras, especialmente nas que atuam com times distribuídos ao redor do mundo, não há a exigência de cumprir uma jornada fixa.
Outro atrativo importante é o contato direto com diferentes culturas, trabalhar em equipes multiculturais amplia a visão de mundo. Além disso, essa convivência internacional favorece o aprendizado de novos idiomas e práticas profissionais, o que agrega valor ao currículo.
Também se destaca a possibilidade de crescimento profissional. Ao integrar ambientes corporativos internacionais, os global workers têm acesso a novos métodos de trabalho, tecnologias avançadas e desafios.
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional é outro fator valorizado por quem opta por esse modelo. Por fim, uma das maiores vantagens financeiras é receber em moedas fortes, como o dólar ou o euro.
Global worker deve pagar Impostos?
Global workers que residem no Brasil devem pagar impostos sobre a renda obtida no exterior, geralmente via Carnê-Leão da Receita Federal. Quem atua como MEI ou microempresa pode ter vantagens tributárias.
Mas, afinal, vale a pena ser um global worker?
Para quem busca liberdade geográfica, ganhos em dólar e um novo desafio profissional, trabalhar como global worker pode ser uma excelente alternativa. O modelo exige preparo e organização, mas oferece oportunidades reais de crescimento e estabilidade, mesmo sem sair do Brasil.