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Abicom: Petrobras deve aguardar momento melhor para reduzir diesel

O diesel está há 39 dias sem reajuste, depois de ter sido elevado em 14,21% em 18 de junho

Abicom: Petrobras deve aguardar momento melhor para reduzir diesel
(Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Uma semana após a queda do preço da gasolina no Brasil, o petróleo voltou a subir no mercado internacional, fechando a janela para importações e reduzindo as chances da Petrobras reduzir o preço do diesel, como quer o presidente Jair Bolsonaro. A gasolina perdeu a paridade com os preços externos e o diesel está levemente mais caro no mercado brasileiro, mas nada que estimule a importação do combustível, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

A preocupação com uma demanda maior do que a oferta fez a commodity voltar à trajetória de alta nesta terça-feira, 26, e não é mais oportuno uma queda de preços pela estatal, nem para a gasolina nem para o diesel, afirmou ao Broadcast o presidente da Abicom, Sérgio Araújo.

“A janela para importações de diesel está levemente aberta, mas o mercado está com tendência de alta, não acho prudente reduzir o preço agora. A Petrobras deve aguardar uma oportunidade”, disse Araújo.
Para atingir a paridade do diesel seria possível uma redução de R$ 0,15 por litro, mas Araújo ainda vê muita volatilidade no mercado e não há previsão de melhora. Além da alta do petróleo, o dólar também está se valorizando nesta terça-feira frente ao real, o que inviabiliza as importações por empresas de menor porte.

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Em média, a gasolina está 2% abaixo do preço internacional e o diesel 5% mais caro. A paridade dos dois combustíveis é registrada apenas no mercado baiano, atendido pela Refinaria de Mataripe, privatizada no final do ano passado. Ao contrário da Petrobras, Mataripe faz reajustes semanais, tanto para cima como para baixo. O diesel está há 39 dias sem reajuste, depois de ter sido elevado em 14,21% em 18 de junho.