A AgroGalaxy (AGXY3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 107,9 milhões no quarto trimestre de 2023, queda de 42,2% ante o mesmo período de 2022, quando o lucro líquido ajustado foi de R$ 186,9 milhões. A receita líquida no último trimestre do ano passado foi de R$ 2,4 bilhões, 29,2% abaixo do registrado no quarto trimestre de 2022 (R$ 3,4 bilhões).
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu para R$ 281,7 milhões no quarto trimestre de 2023, ficando 20,1% abaixo do quarto trimestre de 2022 (R$ 352,7 milhões). Já a margem Ebitda ajustado cresceu, encerrando o último trimestre do ano passado em 11,7% contra 10,4% no quarto trimestre de 2022.
O CEO da companhia, Axel Labourt, atribuiu o desempenho à queda nos preços das commodities agrícolas, ao elevado custo de capital e ao clima adverso associado ao fenômeno climático El Niño, que causou diversos veranicos no segundo semestre, quando a safra de soja é plantada. “Tudo isso caracterizou um período de ajuste muito relevante para o agronegócio”, disse, em coletiva de imprensa. O executivo afirmou que, no primeiro semestre, o custo de capital de giro estava muito alto devido às taxas de juros. “O produtor buscou um equilíbrio”, disse.
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No ano, a AgroGalaxy registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 334,5 milhões, ante lucro líquido ajustado de R$ 53,9 milhões um ano antes. A receita líquida total foi de R$ 9,4 bilhões (queda de 18,9% ante 2022), e o Ebitda ajustado, de R$ 342,2 milhões (queda de 51,4% ante o ano anterior).
Segundo o executivo, margens mais reduzidas configuram um “novo normal” no mercado. Diante do cenário adverso, a AgroGalaxy implementou ações para a simplificação de processos com foco no crescimento do portfólio de produtos com melhores margens, gestão de pessoas e na eficiência do capital de giro que, apesar do custo em queda, ainda é considerado muito alto na opinião do executivo. “Implantamos uma estrutura leve e ágil que nos permite atravessar períodos como o atual com foco e austeridade”, disse Labourt.
As intervenções terão reflexo neste ano, de acordo com o executivo. “Grande parte dos ajustes ainda não está refletida no resultado anual de 2023”, disse. “A expectativa é que todos esses esforços sejam refletidos no balanço de 2024, nós já estamos colhendo frutos.”
De acordo com o CFO da AgroGalaxy, Eron Martins, as adversidades de 2023 fazem parte do negócio, assim como faz parte “termos uma estrutura capaz de se adaptar a esse contexto”. Segundo ele, os indicadores de saúde financeira da empresa estão intactos, aguardando a retomada do mercado.
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No mix de insumos, o segmento de especialidades teve o maior ganho de participação no quarto trimestre de 2023, atingindo 12,1%, alta de 3,2 pontos porcentuais. A AgroGalaxy destacou o crescimento no setor de bioinsumos, que incluem produtos biológicos. O segmento totalizou R$ 105 milhões no quarto trimestre e representou 5,3% da receita de insumos da companhia, aumento de 2,1 pontos porcentuais diante do quarto trimestre de 2022. No ano, o segmento teve receita de R$ 277 milhões, aumento de 21,8% contra o ano anterior.