O Bradesco BBI rebaixou a recomendação para as ações da Gerdau (GGBR4) e da Usiminas (USIM5) para neutro, justificando uma postura mais “cautelosa” em relação ao setor siderúrgico brasileiro. Vale (VALE3), contudo, é a preferida do setor e a única com recomendação outperform (equivalente a compra).
Os papéis que foram rebaixados estão sendo negociados próximos da média de 5 anos da relação entre valor da empresa e Ebitda (EV/Ebitda) o que, na avaliação do banco, “parece justo diante do momento de lucros mais fraco e de uma geração de fluxo de caixa morna”.
Além disso, o banco observa que a demanda do setor de aço no Brasil se aproximou de máximas históricas em 2024 e, com isso, deve registrar um crescimento limitado em 2025, em meio a ventos macroeconômicos contrários.
“Vamos manter uma postura mais cautelosa no setor de aço, aguardando uma alta disponibilidade de fornecimento e tendências de demanda mais fracas”, afirmaram os analistas Rafael Barcellos, Camilla Barder e Matheus Moreira.
Já em relação à Vale, embora o papel continue altamente dependente da narrativa da China, o Bradesco BBI acredita que a tese de investimentos melhorou nos últimos meses. Somado a isso, a empresa vive um momento mais forte de fluxo de caixa que pode suportar o desempenho do preço de suas ações em 2025, avalia.
“Embora as incertezas macro nos EUA e na China possam manter os preços das commodities voláteis ao longo deste ano, vemos riscos limitados de queda para os preços do minério de ferro”, dizem os profissionais.
O preço-alvo de Gerdau e Usiminas é de R$ 19 e R$ 6, respectivamente, o que representa um potencial de valorização de 5% e 18%, frente ao fechamento de ontem. Já o preço-alvo da Vale é de R$ 13, o que corresponde a uma alta de 51%, na mesma base de comparação.
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No Ibovespa, as ações GGBR4 caem 1,02% no valor de R$ 17,42, enquanto os ativos USIM5 recuam 0,61% cotadas a R$ 4,85.