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BlackRock: Brasil e Índia terão relevância na nova ordem mundial; entenda

Catherine Kress, head de geopolítica e estratégia da BlackRock, vê Brasil e Índia ganhando relevância

BlackRock: Brasil e Índia terão relevância na nova ordem mundial; entenda
Foto: Envato Elements

A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, se prepara para profundas mudanças geopolíticas. A pandemia de covid-19 gerou problemas nas cadeias globais, escalada da inflação e deu início a uma tendência de desglobalização ou “fragmentação das economias”.

Esta nova ordem mundial cria oportunidades para investidores em países que devem se destacar nessa nova configuração, por serem um pouco mais “autossuficientes” em setores estratégicos.

“Brasil e Índia, por exemplo, tem um peso muito grande na cadeia de suprimentos”, afirma Catherine Kress, head de geopolítica e estratégia da BlackRock. “Esses países representam uma oportunidade de investimento muito grande, porque eles vão ter relevância na nova ordem mundial.”

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O assunto foi abordado por Kress durante a Tag Summit, evento promovido pela Tag Investimentos nesta terça-feira (8). A executiva particiou do painel “Geopolítica e a Influência nos Mercados” junto com Filipe Nasser, assessor especial do ministro das relações exteriores do Brasil. A mediação foi feita por Lívio Ribeiro, sócio da BRCG.

Kress também ressaltou que países que conseguirem avançar em energia limpa, defesa e prevenção de segurança cibernética terão vantagens neste futuro de fragmentação das economias. Nasser, por sua vez, afirma que o Brasil está se posicionando como um player pró-sustentabilidade, alinhado a essas novas tendências globais.

Petrobras não se vê apenas como uma empresa de petróleo, mas de energia, pois pode colocar a energia limpa no seu portfólio”, diz Nasser. O diplomata também espera que essa nova ordem mundial, que deve ser multipolar, beneficie países em desenvolvimento. “Estamos fortemente comprometidos com a luta contra pobreza e a fome, transição enérgica e fortalecer nossa democracia. Buscar moldar uma nova ordem mundial que seja mais favorável para os países do hemisfério sul.”