A mediana do relatório Focus para a taxa Selic no fim de 2024 continuou em 10,5% ao ano pela segunda semana consecutiva. Um mês atrás, a projeção era de 10,25%. Considerando apenas as 77 respostas dos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária também se manteve em 10,5%.
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Na decisão mais recente, de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a Selic em 10,5%, por unanimidade, e comunicou a “interrupção” do ciclo de cortes. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse em uma entrevista coletiva na semana passada que um aumento dos juros “não é o cenário-base” da autoridade monetária.
A mediana do Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 9,5% pela segunda semana consecutiva, de 9,18% um mês atrás. Considerando as 77 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária também é de 9,5%. Para 2026, a projeção seguiu em 9,0%, como já estava também há sete semanas. Para 2027, a estimativa também foi mantida em 9,00%, como já está há seis semanas.
Projeções para a inflação
Economistas do mercado financeiro voltaram a aumentar as suas projeções de inflação deste ano e do próximo. A mediana do relatório Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 passou de 3,98% para 4%, já 1 ponto porcentual acima do centro da meta, de 3%. Um mês atrás, era de 3,88%. A mediana para 2025, horizonte relevante da política monetária, subiu de 3,85% para 3,87%, contra 3,77% um mês antes.
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Considerando as 74 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2024 passou de 4,01% para 4,02%. A estimativa intermediária para a inflação de 2025 avançou de 3,86% para 3,87%, tomando como base as 73 projeções atualizadas no período.
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Na semana passada, o governo publicou o decreto que regulamenta o novo sistema de meta contínua de inflação. A partir do ano que vem, o alvo será apurado com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima do teto ou abaixo do piso por seis meses consecutivos, vai se considerar que a meta foi perdida.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que o centro da meta continuará em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. O alvo e a banda poderão ser alterados pelo conselho, com base em uma proposta do ministro da Fazenda, com antecedência mínima de 36 meses para sua aplicação.
Nos horizontes mais longos, a mediana do Focus para o IPCA de 2026 continuou em 3,60% pela quarta semana consecutiva. A estimativa intermediária para 2027 ficou em 3,50% pela 52ª semana seguida.
O Banco Central espera que o IPCA fique em 4% em 2024, 3,4% em 2025 e 3,2% em 2026, considerando o cenário de referência, com a trajetória de juros extraída do Focus. Em um cenário alternativo, com a taxa Selic constante ao longo do horizonte relevante, o BC espera inflação de 4% este ano e 3,1% no próximo.
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