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Bolsas de NY fecham em alta após dados da economia norte-americana

A aprovação do teto da dívida nos Estados Unidos também contribuiu para o cenário

Bolsas de NY fecham em alta após dados da economia norte-americana
Operador trabalha no salão da Bolsa de Valores de Nova York, Manhattan, EUA 20/05/2022 REUTERS/Andrew Kelly

As bolsas de Nova York fecharam em alta hoje, após sinais de piora na indústria americana reforçarem expectativa por pausa do ciclo de aperto do Federal Reserve (Fed). A aprovação do teto da dívida nos Estados Unidos também contribuiu para o cenário, em um movimento que impulsionou petróleo e, com isso, ações do setor de energia.

No ajuste de fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,47%, a 33.061,57 pontos; o S&P 500 avançou 0,99%, a 4.221,02 pontos; e o Nasdaq ganhou 1,28%, a 13.100,98 pontos – este no maior nível desde agosto de 2022.

Entre os destaques, Meta subiu 2,98%, após anúncio de um novo produto de realidade virtual. Por outro lado, Goldman Sachs contrariou o tom positivo do setor bancário e perdeu 2,32%, depois que o presidente do banco, John Waldron, revelou intenção de tornas as operações da empresa mais enxutas.

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Antes da abertura, os índices futuros – que operavam em leve alta após a aprovação do projeto que suspende o limite da dívida americana na Câmara – reagiram para baixo ao relatório ADP de criação de empregos no setor privado dos EUA, que veio acima do esperado. Mas, pouco depois, recuperaram força com a alta nos pedidos de auxílio-desemprego e com a revisão do avanço no custo unitário da mão de obra do primeiro trimestre abaixo do esperado, sugerindo uma desaceleração do mercado de trabalho.

As bolsas abriram mistas mas, no início da tarde, o recuo de duas leituras do PMI industrial dos EUA deu ainda mais força aos índices, na medida que sinalizou um enfraquecimento na atividade manufatureira. Na visão da Capital Economics, esse cenário sugere uma recessão no horizonte da maior economia do planeta, o que justifica a manutenção dos juros do Federal Reserve (Fed) na próxima reunião, neste mês.

As apostas por uma postura dovish foram reforçadas após o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, com direito a voto nas reuniões deste ano, voltar a defender pausa no aperto monetário. Assim, no fim da tarde em Nova York, a chance de o BC americano decidir pela manutenção da taxa de juros era de 77,3%, e a de aumentar 25 pontos-base, de 22,7%.

O aumento no preço do petróleo também se refletiu nos mercados acionários, conforme os contratos futuros do WTI e do Brent foram ganhando força. A Chevron e a ExxonMobil fecharam com altas de 1,02% e 1,15%, respectivamente. Em relação à proposta do teto da dívida, os mercados parecem confiantes de que o Senado aprovará a matéria antes da segunda-feira (5), pela análise do BMO Capital Markets.

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