O primeiro fundo de investimento da cadeia do Agronegócio (Fiagro) da Bradesco Asset Management (Bram) começou a ser negociado nesta quarta-feira (6). O veículo é o Fiagro Bradesco FarmTech, negociado sob o código BRFT11.
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O produto também é o primeiro Fiagro listado na B3 (B3SA3) sob a estrutura de fundo de investimento em direitos creditórios (Fidc). “Este é o modelo que acreditamos que realmente permite que o investidor financie os produtores rurais”, disse Ana Luisa Rodela, responsável pela mesa de crédito da Bram, no evento de lançamento.
Voltado ao investidor qualificado, com ao menos R$ 1 milhão em patrimônio financeiros, o fundo tem como meta de rentabilidade o CDI + 3% ao ano, com pagamento de dividendos a partir do sétimo mês. No período de captação, foram levantados R$ 193 milhões, abaixo dos R$ 320 milhões planejados.
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A parceria com a Farmtech Gestão de Recursos é o que viabiliza comprar títulos de crédito agrícolas, como cédulas de produtor rural (CPR), notas promissórias e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). A empresa tem um modelo estatístico que analisa os riscos dos pequenos produtores, explica Eduardo Junqueira, gerente da área de gestão de crédito estruturado da Bram. “Nós compramos o portfólio de clientes dos produtores e indústrias de insumos. Dessa maneira, temos a carteira mais diversificada possível”, diz Junqueira.
O perfil esperado dos recebíveis é um tíquete médio de R$ 200 mil a R$ 500 mil de safras de soja e milho. “Entendemos que o melhor modelo seria com diversificação, pois assim você foge do risco específico de um único devedor. Além disso, trabalhamos com uma duration curta. Isto mitiga o risco do agro, que é um setor volátil.”