O CEO da BNP Paribas Asset Management no Brasil, Luiz Sorge, disse que o País deve se manter atrativo aos investidores internacionais em 2024. Além de os múltiplos dos ativos locais estarem abaixo da média histórica, o Brasil é um dos poucos mercados emergentes que oferece um bom cenário econômico e institucional na visão desses agentes.
Leia também
“Esperamos um apetite de investidores globais, seja em termos absolutos, os nossos múltiplos estão atrativos, seja em termos relativos”, afirmou ele em almoço com jornalistas para tratar do cenário de 2023 e das perspectivas para 2024.
Sorge disse que os últimos dois anos foram desafiadores para a indústria de fundos no País, graças a uma combinação de juros altos e fatores como a guerra na Ucrânia, que levaram a uma redução de riscos e a saques líquidos em fundos de ações e multimercados. “Somados o ano passado e este ano, temos R$ 200 bilhões em resgates de fundos”, disse.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Neste ano, segundo ele, o BNP buscou reduzir os riscos dos fundos, diante das incertezas do cenário. Por outro lado, afirmou que o banco dobrou a alocação em crédito privado, para R$ 20 bilhões, desde o começo do ano. Este movimento foi feito com uma análise criteriosa de riscos, destacou.
“Tivemos muito sucesso em crédito privado, mas nós privilegiamos qualidade e olhamos se os prêmios de risco são suficientes”, afirmou. Ele disse que o banco não estava exposto a títulos da Americanas (AMER3) e da Light (LIGT3), duas empresas que pediram recuperação judicial neste ano e levaram a um estresse no mercado de dívida no primeiro semestre.