As ações da Braskem (BRKM5) figuraram entre as principais perdas do Ibovespa nesta sexta-feira (1). Os papéis da petroquímica fecharam o dia em queda de 5,85% cotados a R$ 18,01, após oscilarem entre máxima a 18,75 e mínima a R$ 17,10. O movimento ocorreu após a prefeitura de Maceió, em Alagoas, decretar risco iminente de colapso em uma mina pertencente à empresa na cidade.
Em 2018, a exploração de sal-gema pela Braskem levou ao afundamento de solo de cinco bairros da capital alagoana, obrigando cerca de 57 mil moradores a desocuparem suas casas em um curto espaço de tempo, segundo estudo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Nesta sexta, uma ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado de Alagoas e Defensoria Pública da União, intimou a Braskem a ampliar os programas de compensação e reparação para os moradores prejudicados pelos problemas ambientais das atividades da empresa desde 2018. O valor atribuído à causa pelos autores da ação é de R$ 1 bilhão.
Além disso, a prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por 180 dias após o alerta de risco iminente de colapso da mina 18 da Braskem, localizada no bairro de Mutange. Segundo a Defesa Civil de Maceió, o desastre pode ocorrer a qualquer momento.
Especialistas ouvidos pelo E-Investidor, indicaram que a tendência é de que as ações da empresa permaneça em ritmo de queda daqui para frente. A expectativa é de que os ativos sofram até que se tenha um conhecimento do impacto do desastre na operação da empresa e em suas finanças. Caso o colapso na mina ocorra, a petroquímica deve enfrentar ações judiciais, que são longas, custosas e de alto impacto financeiro. Veja mais detalhes nesta reportagem.