Fernando Haddad (PT) anuncia em coletiva nesta quinta-feira (12) as medidas econômicas que serão adotadas no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Ministro da Fazenda fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), salientando que a antiga gestão promoveu desonerações que corroeram a base fiscal do orçamento de 2023.
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O pacote inclui medidas como cobrança de PIS e COFINS sobre Receita Financeira e combutíveis, além de efeito permanente no incentivo à redução da litigiosidade no CARF.
Na cerimônia de posse, o ministro também criticou o déficit de R$ 220 bilhões deixado pelo governo Bolsonaro no Orçamento e se comprometeu a enviar o desenho de um novo “arcabouço fiscal” ao Congresso até o fim do primeiro semestre.
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Na visão dos analistas consultados pelo E-Investidor, a principal preocupação é o novo arcabouço fiscal, que impacta diretamente credibilidade fiscal do País e a confiança dos investidores.
“Precisamos de mais dados. O costume que se tem no Brasil é de que os governos comecem com os programas prontos”, ressalta Jason Vieira, economista-chefe da Infinity. “
Essa também é a visão de Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital. O especialista não acredita que a reforma tributária, e nenhuma outra reforma, seja realizada nos próximos quatro anos.
Marcelo Boragini, sócio da Davos Investimentos e especialista em renda variável, aponta que para a Bolsa ficar menos pressionada é essencial que o novo governo apresente um novo e confiável marco fiscal. “Outro fator que pode contribuir para a construção de uma agenda positiva seria avançar com uma reforma tributária no Congresso já nos primeiros meses de gestão. Isso ajudaria a desanuviar o ambiente pessimista do momento (no mercado)”, diz Boragini. Segundo Haddad informou ao Brasil 247, a reforma tributária e fiscal deve começar a ser discutida em abril.
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Veja a coletiva de imprensa ao vivo: