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FGV: Confiança do consumidor cai 1,3 ponto em fevereiro ante janeiro

Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 84,5 pontos

FGV: Confiança do consumidor cai 1,3 ponto em fevereiro ante janeiro
Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A confiança do consumidor caiu 1,3 ponto em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira (24). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 84,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice encolheu 0,3 ponto, terceiro mês seguido de queda.

“A confiança dos consumidores cai pelo segundo mês consecutivo. No geral, há uma percepção de piora da situação atual, que é mais percebida pelas famílias de menor poder aquisitivo”, avalia Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Segundo Viviane, as expectativas são cautelosas, apesar dos consumidores ainda serem otimistas em relação ao mercado de trabalho, o que parece ter sustentado as perspectivas sobre economia e emprego com indicadores acima dos 100 pontos.

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“O contexto econômico das famílias se altera pouco: maior endividamento, taxas de juros elevadas, desaceleração da atividade econômica e a elevada incerteza devem manter a confiança em patamares baixos em 2023”, completa a coordenadora.

Em fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,8 ponto, para 69,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE) diminuiu 0,9 ponto, para 95,8 pontos.

No ISA, o item que mede a percepção sobre a situação financeira das famílias foi o que mais influenciou a queda do ICC no mês, ao recuar 5,6 pontos, para 58,8 pontos, pior resultado desde março de 2022. Por outro lado, houve ligeira melhora das avaliações sobre a situação econômica, que subiu 2,0 pontos, para 80,3 pontos. Ambos os componentes permanecem distantes do nível neutro (de 100 pontos).

Quanto às expectativas, o quesito que mede o ímpeto de consumo de bens duráveis caiu 2,7 pontos, para 76,9 pontos, menor nível desde julho de 2022. O item que mede o otimismo em relação à situação econômica futura recuou 1,2 ponto, para 112,2 pontos.

A análise por faixa de renda mostra perda de confiança em todos os grupos de renda mais baixa. Entre as famílias com renda até R$ 2.100,00 mensais, a confiança caiu 3,3 pontos em fevereiro, para 84,4 pontos. No grupo mais rico, que recebe acima de R$ 9.600,00 mensais, o indicador subiu 2,2 pontos em fevereiro, para 89,9 pontos.

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“A análise por faixa de renda mostra perda de confiança em todos os níveis de renda exceto para as famílias com maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600) influenciada pelas expectativas. Apesar da alta, todas permanecem abaixo do nível de 90 pontos”, observou a FGV.

A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1 e 17 de fevereiro.