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Dólar fecha em alta de 0,55%, a R$ 5,59, com temor sobre nova variante

No acumulado da semana, o dólar caiu 0,25% contra o real

Fonte: AybikeOzturk/Shutterstock

O dólar subiu frente ao real nesta sexta-feira (26), acompanhando movimento internacional de aversão a risco em meio ao pânico de investidores com a descoberta de uma nova variante do coronavírus.

Ainda assim, o dólar fechou o pregão bem distante das máximas intradiárias, o que alguns especialistas atribuíram à alta taxa de vacinação da população brasileira.

A moeda norte-americana negociada no mercado interbancário avançou 0,55%, a 5,5961 reais na venda, após ter chegado a saltar 1,38% no pico da sessão, a 5,6424 reais. Na B3, onde os negócios ultrapassam as 17h (horário de Brasília), o dólar futuro tinha alta de 0,50%, a 5,5985 reais.

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No acumulado da semana, o dólar caiu 0,25% contra o real, após fechar a última sexta-feira em 5,6104 reais na venda.

A valorização diária do dólar no mercado local veio em linha com a fraqueza internacional de moedas emergentes nesta sexta-feira. Peso mexicano, rand sul-africano e lira turca — esta abalada ainda por temores domésticos em relação à política monetária– registravam perdas de 1,3% a 3,5% no fim da tarde desta sexta-feira.

Contra uma cesta de seis pares fortes, a moeda norte-americana apresentava perdas de 0,79% nesta sessão, mas isso refletia a forte demanda pelo franco suíço e o iene japonês, componentes do índice do dólar que são considerados bons refúgios em tempos de incerteza econômica.

Nos mercados de ações, os principais índices europeus e norte-americanos despencaram.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) designou nesta sexta-feira a nova variante da covid-19, detectada na África do Sul com um amplo número de mutações, como de “preocupação”, a quinta variante a receber essa designação.

Autoridades britânicas acreditam que essa é a cepa mais significativa até agora, tendo levado a União Europeia, o Reino Unido e a Índia, entre outros, a anunciarem controles mais rígidos de fronteira. As notícias sobre a variante vêm em meio a um quadro sanitário já em deterioração na Europa, que levou à imposição de lockdowns em alguns lugares.

Economistas do Citi disseram em nota a clientes nesta sexta-feira que a incerteza sobre a nova variante “veio para ficar pelas próximas semanas”, afirmando que isso é negativo para o desempenho de moedas de países emergentes.

Mas, no Brasil, “nossa vacinação está bem melhor do que vários países; alguns têm porcentagem bem grande da população que se recusa a tomar a vacina”, disse à Reuters Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Travelex Bank. Isso ajuda a explicar o motivo pelo qual o real teve desempenho comparativamente melhor ao de alguns de seus pares emergentes nesta sessão, afirmou o especialista.

O Brasil já ultrapassou países como os EUA na parcela da população completamente vacinada contra a covid-19, e, recentemente, a cidade mais populosa do país, São Paulo, afirmou que 100% de sua população adulta já concluiu a imunização.