O dólar segue em alta no mercado à vista desde a abertura dos negócios, contrariando queda externa moderada da divisa americana em meio a alívio nos juros de Treasuries (títulos da dívida estadunidense) antes do payroll dos EUA. O dólar à vista chegou a registrar máxima aos R$ 4,9716 (+0,78%) no mercado à vista.
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O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, diz que, além da tensão pré-payroll, o mercado de câmbio reage à queda do petróleo e do minério de ferro e à fala do presidente Lula ontem, indicando que com o aumento da arrecadação o governo pode aumentar gastos. “É sinal ruim por que, em vez de tentar cobrir o déficit primário das contas públicas ainda sem solução para o cumprimento da meta de déficit zero neste ano, o governo deseja ampliar as despesas”, critica.
O mercado de câmbio ecoa ainda saída de investidores da Bolsa local com a frustração pelo não pagamento de dividendos extraordinários, que provoca sentimento no mercado de ingerência política do governo no comando da estatal, afugentando investidores dos papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) e deve ter estrangeiros saindo do país, afirma. Às 10h29, o dólar à vista subia 0,04%, a R$ 4,97.
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