A vitória do republicano Donald Trump nas eleições americanas fez o dólar disparar ante as principais moedas globais nesta quarta-feira (6).
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Perto do fechamento de Nova York, o dólar se valorizava a 154,57 ienes; a libra caia a US$ 1,2892, o euro cedia a US$ 1,0739; e o dólar subia a 20,0996 pesos mexicanos. O índice DXY, que mede a força do dólar contra rivais fortes, subiu 1,60%, aos 105,088 pontos e ao maior nível desde 3 de julho.
O dólar terá suporte nos próximos meses, já que as taxas de juros dos EUA devem permanecer altas, segundo análise da Lombard Odier. Mas, no longo prazo, o banco suíço espera que os investidores se concentrem mais nos riscos fiscais e no impacto das tarifas de importação. Isso seria mais positivo para moedas como o franco suíço e o iene japonês, em comparação com moedas mais cíclicas, a exemplo da libra.
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O mercado também se prepara para as decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e do Banco da Inglaterra (BoE) amanhã. Investidores precificam cortes de 25 pontos-base em ambos os bancos centrais.
Após a vitória de Trump, os traders aumentaram as apostas para uma moderação no ritmo de corte de juros do Fed em dezembro, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group – por volta das 18h, a chance de redução da taxa básica em 25 pontos-base na reunião de dezembro aumentava para 29,3%, ante 22% ontem. Por outro lado, a probabilidade de corte de 50 pontos-base caía de 77,3% para 70,5% no mesmo período.
Do outro lado do Atlântico, a libra pode ter dificuldades para voltar a subir acima de US$ 1,30, depois que a vitória de Trump impulsionou o dólar, declara Kathleen Brooks, da XTB, em uma nota. A libra deve ficar sob pressão adicional se o BoE reduzir suas previsões de crescimento e parecer preocupado com o aumento da inflação devido ao aumento dos gastos fiscais, diz ela.
Com informações da Dow Jones Newswire